Petroquímica

Braskem quer ganhar escala em resinas

Valor Econômico
15/03/2005 03:00
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Um pólo petroquímico na fronteira do Brasil com a Bolívia e um projeto na Venezuela. Essas são as duas alternativas em estudo pela Braskem para sua internacionalização. No ano passado, a gigante do setor petroquímico consolidou sua posição de líder no mercado de resinas termoplásticas e buscou melhorar o perfil de seu endividamento, conseguindo reduzir em 38% sua dívida líquida, que ao fim de 2004 caiu para R$ 3,8 bilhões.
"Estamos em busca de maior escala de produção e matéria-prima mais barata", diz o presidente da empresa, José Carlos Grubisich.
Uma alternativa é a Venezuela, um dos principais produtores de petróleo do mundo e detentora de grandes reservas naturais de gás natural. Em fevereiro, Grubisich acompanhou a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país e trouxe na bagagem um protocolo de entendimentos assinado com a Pequiven, braço petroquímico da petrolífera estatal PDVSA.
Acesso à matéria-prima mais barata e a posição geográfica privilegiada, mais próxima do canal do Panamá, Europa e dos EUA, pesaram na escolha. Com o protocolo, as empresas irão avaliar as oportunidades de negócios conjuntos na Venezuela no setor de resinas termoplásticas, no qual a Braskem já é líder na América Latina. "Iremos mapear matérias-primas, nível de atratividade e os custos que poderiam ser envolvidos nos projetos", afirma Grubisich. Durante seis meses, equipes de técnicos das duas empresas irão levantar os dados.
Outra das opções avaliadas é o pólo petroquímico Bolívia-Brasil, que ficaria na fronteira entre os dois países. Poderia ser formada uma joint venture entre Braskem, Petrobras e Repsol para tocar o projeto, cujo custo da parte petroquímica poderia ficar entre US$ 800 milhões a US$ 1 bilhão e que poderia ficar pronto entre 2009 e 2010. Como ficaria a participação de cada empresa na associação? "Não há nada definido ainda, estamos na fase de estudos de viabilidade econômica", diz Grubisich.
Com o pólo, a empresa teria acesso ao gás boliviano a preços competitivos e poderia fabricar polietileno tanto para o mercado interno quanto para o externo. "Poderia ser criada aí uma plataforma de exportações."
Para que o projeto também avance, será fundamental que o governo boliviano vote a Lei de Hidrocarburetos, que definirá o marco regulatório da exploração de recursos minerais, entre eles, o gás natural, principal fonte de divisas do país. A discussão da lei foi a causa de grandes protestos nas últimas semanas na Bolívia.
No ano passado, a empresa, cuja receita líquida ficou em R$ 11 bilhões, exportou US$ 710 milhões, alta de 15% sobre o valor de 2003. Neste ano, o volume a ser embarcado deve ser praticamente igual ao de 2004, mas o preço mais alto fará o valor das exportações subir.

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