Petroquímica

Braskem e Pequiven anunciam acordo para implantar o Complexo Jose

Braskem e Pequivem assinaram, nesta segunda-feira (16/04) acordo para a constituição de empresas mistas para desenvolve e implantar o projeto petroquímico Complexo Jose, na Venezuela. O projeto integrado prevê investimentos de US$ 2,5 bilhões compartilhado igualmente. A PDVSA ainda investirá e

Redação
16/04/2007 03:00
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A Braskem e a Pequiven, braço petroquímico da estatal venezuelana da Petroleo, PDVSA, assinaram, nesta segunda-feira (16/04) um acordo para a contituição de duas joint-ventures para desenvolver e implantar o projeto petroquímico Complexo de Jose, na Venezuela.

O empreendimento será um complexo petroquímico integrado reunindo dois projetos. Um deles prevê a construção de um “cracker” de etano a partir de gás natural com capacidade de 1,3 milhão de t/ano de eteno, integrado à produção de 1,1 milhão de t/ano de polietileno e outros produtos petroquímicos. O segundo se refere à construção de uma planta de polipropileno com capacidade de 450 mil t/ano, anteriormente anunciada para El Tablazo e que agora será desenvolvida dentro do Complexo de Jose.

Segundo informa a Braskem, o complexo terá sua competitividade ampliada devido à integração, através do aproveitamento das sinergias na implementação e operação, entre outros fatores. A nova unidade de polipropileno entrará em operação no final de 2009, enquanto o cracker de etano e as demais unidades no final de 2011.

A pedra fundamental do complexo foi lançada nesta segunda-feira, com a presença do presidente da República Bolivariana da Venezuela, Hugo Chavez Frias, e do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.

"Em função da disponibilidade de uma das reservas mais abundantes de petróleo e gás natural do mundo, a Venezuela oferece importantes vantagens competitivas para o desenvolvimento de projetos petroquímicos, em consonância com os objetivos de seus dirigentes de transformar o país em um player relevante no setor petroquímico internacional", argumenta a Braskem em um comunicado.

Os investimentos para a implantação da unidade produtora de eteno e das unidades de polietileno estão estimados em cerca de US$ 2,5 bilhões. Braskem e Pequiven avaliam ainda investir em unidades de PVC e soda.

A modelagem societária prevê participação igualitária para ambas as empresas, que deverão aportar 30% do total do investimento, enquanto os 70% restantes serão obtidos através de project finance com garantia exclusiva dos próprios ativos do projeto, financiado por agências multilaterais de crédito às exportações, bancos de fomento e bancos privados.

A criação das empresas-mistas deverá ser concluída nos próximos 90 dias, com a aprovação dos respectivos Conselhos de Administração.

Associados aos projetos, a Pequiven construirá uma unidade de desidrogenação de propano para produção de 465 mil t/ano de propeno, enquanto a PDVSA Gás construirá unidades para extração de 1.800 mil t/ano de etano. Além disso, a Pequiven realizará investimentos complementares na infra-estrutura do Complexo de Jose, elevando o valor total dos investimentos a mais de US$ 5,0 bilhões.

“Nossos acordos com a Braskem estão avançando em ritmo acelerado e despertando forte interesse de empresas transformadoras de plásticos para instalar unidades na região”, diz Saul Ameliach, presidente da Pequiven, também citado no comunicado enviado pela petroquímica brasileira.

“Através dessa aliança, queremos promover ainda mais o desenvolvimento da nossa indústria petroquímica, garantindo o abastecimento do nosso mercado interno e fortalecendo ainda mais a presença da Pequiven nos mercados internacionais, além de gerar empregos sustentáveis e contribuir para o desenvolvimento da Venezuela”, acrescenta.

Para a Braskem, a implementação dos projetos no Complexo de Jose representa uma etapa importante em sua estratégia de crescimento com criação de valor e de se tornar uma das 10 principais empresas da petroquímica mundial. Significa também um grande impulso ao seu processo de internacionalização, iniciado com a abertura de filiais de distribuição na Argentina, Estados Unidos e Europa.

“Esses projetos aliam escala mundial, tecnologia atualizada e acesso a matéria-prima competitiva, resultando em custos de produção mais baixos e melhor rentabilidade para nossa empresa”, diz José Carlos Grubisich, presidente da Braskem. “Além de abastecer o mercado venezuelano, os projetos facilitarão nosso acesso a outros mercados da América e Europa, nos permitindo servir melhor aos nossos clientes dessas regiões”, acrescenta Grubisich.

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