Negócios

Braskem compra a Sunoco Chemicals

Jornal do Commercio
02/02/2010 12:33
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A Braskem segue interessada em realizar aquisições de ativos petroquímicos nos Estados Unidos após a compra da Sunoco Chemicals por US$ 350 milhões, informou ontem o presidente da companhia brasileira, Bernardo Gradin. Segundo o diretor financeiro da empresa, Carlos Fadigas, a aquisição é o ponto inicial para futuras compras na região.
 
 
"Começamos o processo de análises de potenciais compras nos Estados Unidos há um ano e há interesse em fazer novas aquisições no país", afirmou Fadigas em teleconferência com analistas. Entretanto, o executivo não apontou prazo ou mesmo tamanho de alguma possível futura aquisição, preferindo enfatizar os processos de integração que a Braskem vai enfrentar com as incorporações da Sunoco e da brasileira Quattor, anunciada no último dia 22.


A Braskem concluirá o processo de aquisição da Sunoco e da Quattor com aproximadamente R$ 8 bilhões em caixa, se considerado o aporte de R$ 4,5 bilhões na operação de aumento de capital da companhia. "Eventualmente o negócio pode ser feito integralmente com o caixa da Braskem", revelou Fadigas.


"A Braskem está focada nas Américas, por uma questão mais de logística. A Ásia tem um mercado promissor, mas por ora nosso foco é abastecer esse mercado com os excedentes das nossas produções nas Américas", disse Fadigas. Segundo ele, o interesse da Braskem está em resinas, com foco em instalação de craqueamento de etano ou nafta.


A aquisição da Sunoco é o primeiro passo efetivo de internacionalização da Braskem. Além dos Estados Unidos, a Braskem também está presente em países como México, Peru e Venezuela, mas nesses casos os projetos ainda estão em fase de análise ou implantação. A Sunoco é a quarta maior fabricante de polipropileno dos EUA e tem a indústria automotiva como principal cliente. A companhia compra propeno de refinarias, em modelo semelhante ao adotado pela Braskem na Petroquímica Paulínia, fábrica de polipropileno instalada no interior de São Paulo.


O acordo entre Braskem e Sunoco também inclui um contrato de fornecimento de eteno da Sunoco para as fábricas da companhia brasileira. Gradin não deu detalhes do contrato, mas informou que o nome Sunoco será alterado para Braskem. "Temos estratégia de que os Estados Unidos se tornem uma base importante para a empresa que queremos criar até 2020", afirmou Gradin.


Sem dar detalhes de quais ativos estão em análise no exterior, Gradin afirmou que a nova aquisição deve respeitar o atual nível de alavancagem da companhia, por volta de três vezes a relação entre dívida líquida e Ebitda. Segundo o executivo, a Braskem mantém conversações com quatro a seis empresas. O interesse em ativos nos Estados Unidos foi iniciado no segundo trimestre do ano passado e está concentrado em fábricas de polietileno e polipropileno, integradas ou não a centrais petroquímicas.


Para viabilizar novas aquisições no exterior, a Braskem deverá contar com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A meta da empresa, revelada anteriormente pelo presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, é estar entre as cinco maiores do setor no mundo até o final da próxima década - a Petrobras é a principal sócia da Odebrecht no controle da Braskem. Para isso, a Braskem conta com a retomada da atividade econômica nos EUA.
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