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Brasil prepara terceira grande missão empresarial na África

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior está preparando para outubro a terceira grande missão empresarial deste ano à África, que incluirá Angola, Moçambique, Namíbia e África do Sul.

Agência Lusa
10/07/2009 13:00
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O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior está preparando para outubro a terceira grande missão empresarial deste ano à África, que incluirá Angola, Moçambique, Namíbia e África do Sul.


"Queremos incentivar ao máximo a internacionalização das empresas brasileiras, e a África é uma das nossas prioridades", afirmou o ministro Miguel Jorge.


De acordo com o Governo, estas missões, que usam aviões da Força Aérea Brasileira, facilitam o deslocamento dos empresários na África, carente em ligações aéreas, e estão captando um número cada vez maior de interessados.


A próxima delegação deverá ter, a exemplo das anteriores, pelo menos 100 empresários de vários setores, como construção civil, defesa e alimentos.


Miguel Jorge afirmou que "não faltará dinheiro" do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar empresas brasileiras que queiram se instalar na África e na América Latina.


"Da mesma forma, não faltará dinheiro para financiar a compra de bens, produtos e serviços brasileiros para estas regiões, apesar da crise mundial", disse.


"Ousadia"

O ministro declarou que é muito mais fácil vender para a África, que precisa de produtos de primeira necessidade, do que para França ou Alemanha e instou os empresários a terem "mais ousadia".


Miguel Jorge admitiu que o Brasil está perdendo oportunidades na África, principalmente diante dos chineses.


Apesar disso, lembrou que o país tem vantagens competitivas e que os africanos percebem bem a diferença dos interesses dos brasileiros, dispostos a transferir tecnologia, conhecimento e formar mão-de-obra, e os dos chineses em relação ao seu continente.


"A África tem uma proximidade emocional, cultural, histórica com o Brasil. A minha impressão é de que muitos países africanos gostariam de ser o Brasil e nós temos que ajudá-los para que isso aconteça", defendeu.


Questionado sobre o setor de biocombustíveis, o ministro do Desenvolvimento disse que o Governo brasileiro busca convencer os africanos de que tanto o biodiesel como o etanol abrem boas possibilidades para geração de emprego e de receitas no continente.


Miguel Jorge revelou que já há empresários interessados em construir fábricas de açúcar e álcool na África, entre os quais um grupo de portugueses, mas não quis revelar o nome.


Esse grupo pretende instalar em breve um grande projeto de etanol em Moçambique e está buscando parcerias com o Brasil para transferência de tecnologia e financiamento de equipamentos.
 
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