<P>A corrente de comércio do Brasil com o exterior, soma das exportações e importações realizadas pelo País, deverá ficar entre US$ 240 bilhões e US$ 260 bi este ano, conforme as projeções da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada ...
Tribuna do Norte - RNA corrente de comércio do Brasil com o exterior, soma das exportações e importações realizadas pelo País, deverá ficar entre US$ 240 bilhões e US$ 260 bi este ano, conforme as projeções da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Este patamar representa pouco mais do que o dobro do valor registrado em 2002 (US$ 107,6 bi).
Diferente das décadas passadas, quando o crescimento da corrente era motivado basicamente pelas importações ou pelas exportações, hoje os dois movimentos estão incrementando o volume total. Pelo lado das exportações, as altas cotações das commodities garantem crescimentos das vendas externas. Já as importações seguem avançando com o câmbio favorável. Os preços das commodities e o câmbio fraco, que infelizmente gera substituição de produtos e insumos nacionais, estão ajudando a corrente de comércio a crescer, diz o vice-presidente executivo da entidade, José Augusto de Castro. Um levantamento da entidade mostra que o total que o Brasil comercializava com o mundo no início dos anos 80 era de US$ 43 bi, valor que chegou a cair para US$ 38 bi, em 1985.
Em meados da década passada, a corrente ultrapassou o patamar de US$ 90 bi, numa fase em que as importações aumentaram favorecidas pelo câmbio fraco do início do Plano Real. A partir da forte desvalorização do real em 2002, foi a vez de as exportações avançarem mais fortemente, ampliando a corrente de comércio brasileira. No caso das importações, a AEB projeta que as exportações serão de US$ 138 bi e que as importações chegarão a pelo menos US$ 101,9 bi, ultrapassando assim, pela primeira vez, a barreira dos US$ 100 bi em vendas externas.
Castro reconhece que os números das vendas externas no início deste ano indicam que a meta de US$ 152 bi, do governo, pode se efetivar. Ele diz, contudo, que ainda é cedo para revisar as previsões da entidade. De fato, tanto as exportações quanto as importações vêm registrando crescimento nos dois últimos anos, diz o economista do Ipea Marcelo Nonnenberg.
Fonte: Tribuna do Norte - RN
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