BNDES

"Brasil 2050: Rotas de Descarbonização da Economia", acontece amanhã 22/05

Redação TN Petróleo/Assessoria
21/05/2024 15:31
"Brasil 2050: Rotas de Descarbonização da Economia", acontece amanhã 22/05 Imagem: Divulgação Visualizações: 395 (0) (0) (0) (0)

O seminário "Brasil 2050: Rotas para a Descarbonização da Economia", parceria entre Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que será realizado nesta quarta-feira, 22 de maio, no Rio de Janeiro Country Club, vai promover um diálogo entre setores público e privado, academia e sociedade civil sobre como alcançar uma economia neutra em carbono, um dos mandamentos do século XXI. 

Com a presença do presidente do BNDES, Aloízio Mercadante, serão discutidos temas como o papel dos bancos de desenvolvimento no financiamento da transição energética e os recursos, públicos ou privados, com os quais será possível contar. As alternativas para a descarbonização estão na mesa de debates que reunirá representantes de empresas como Petrobras, ENGIE Brasil, Atlas Agro, Urca Energia, Acelen Renováveis, além da academia, representada pela COPPE/UFRJ. 

Segundo Rafaela Guedes (foto), senior fellow do CEBRI, os efeitos cada vez mais visíveis e dramáticos das mudanças climáticas pressionam governos, empresas e sociedade a acelerar esse processo. "O caminho para a transição energética, no entanto, não é linear. Exige soluções originais e sob medida para regiões ou países diferentes. Também envolve regras claras, planejamento inteligente e decisões difíceis, especialmente sobre alocação dos investimentos, dado que a transição não será barata", afirma a consultora e pesquisadora. 

Essas instituições vêm contribuindo e trocando no âmbito do Programa de Transição Energética (PTE), organizado pelo CEBRI, com o objetivo de subsidiar a tomada de decisões em políticas públicas, identificando trajetórias e opções para que o país faça o uso mais eficiente de seus recursos e alcance a neutralidade das suas emissões de gases de efeito estufa em 2050. Essa é uma contribuição importante, no momento em que o Brasil preside o G20 e estabeleceu o desenvolvimento sustentável como prioridade, e quando prepara a próxima conferência do clima, a COP30, em Belém, em 2025, que prevê uma atualização das metas nacionais determinadas no Acordo de Paris (Contribuições Nacionalmente Determinadas).

O programa, em sua primeira fase, desenhou cenários para a redução das emissões brasileiras, analisando as alternativas possíveis para  a matriz energética com a redução do uso dos combustíveis fósseis e maior emprego de fontes renováveis. No estudo ficou claro, por exemplo, uma peculiaridade brasileira: se o país não eliminar o desmatamento ilegal até 2028, não alcançará a meta de descarbonização, mesmo com mudanças no setor energético. "Para o Brasil, rever os usos da terra será essencial", diz Rafaela Guedes. "No mundo, dois terços das emissões vêm das fontes fósseis; no caso brasileiro, dois terços vêm do mau uso da terra", explica.

Os resultados também mostram o potencial dos chamados biocombustíveis avançados, que são vistos por alguns especialistas como opção estratégica para o Brasil, que pode ser uma potência nesse setor. Uma tendência clara é sua utilização em setores de mais difícil descarbonização como a aviação, com o "SAF", o combustível sustentável de aviação, ou biobunker, na navegação marítima. Nos próximos 30 anos, os biocombustíveis avançados podem dar ao país grande vantagem competitiva, considerando oportunidades de uso sustentável da terra, a disponibilidade de áreas tanto para cultivo alimentar quanto para gerar energia, e a longa trajetória que o país já tem no tema.

A segunda fase do PTE oferecerá "roadmaps" setoriais para navegar entre 2025 e 2040. Até agora, já foram realizados workshops para discutir as grandes tendências da transição e apostas em diferentes setores. Foram discutidos temas como os desafios do setor elétrico e a expansão dos renováveis, o papel dos fósseis, do hidrogênio e da tecnologia de captura de carbono, além dos biocombustíveis e as oportunidades envolvendo biocombustíveis avançados. O Programa ainda prevê discussões temáticas, atualizações dos cenários da Fase 1 e uma análise regionalizada do impacto macroeconômico da transição, entre outros trabalhos. 

Para Décio Oddone, coordenador do Núcleo de Energia do CEBRI e diretor-presidente da Enauta, a transição energética precisa ser eficiente, justa e segura. "Não é simplesmente substituir fontes de energia fósseis por fontes renováveis. Não basta um exercício de vontade. É um processo difícil, lento e complexo", diz.
 

Programação completa do Seminário "Brasil 2050: Rotas de Descarbonização da Economia"
Data: 22 de maio de 2024, quarta-feira
Horário: 9h às 13h 
Local: Rio de Janeiro Country Club - Rua Prudente de Morais, 1597, Ipanema, Rio de Janeiro
Transmissão pelo canal do CEBRI no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=KZyoE1IyFJ4
 

9h às 10h | Abertura e Painel 1 | Caminhos para acelerar a transição
Palestrantes:
Aloizio Mercadante, Presidente do BNDES
Jorge Viana, Presidente da ApexBrasil
Morgan Doyle, Representante do Grupo BID Brasil
Clarissa Lins, Conselheira do CEBRI e Sócia fundadora da Catavento Consultoria
 

10h às 11h | Painel 2 | As políticas brasileiras para a transição
Palestrantes:
Ana Toni, Conselheira do CEBRI e Secretária Nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima
Luciana Costa, Diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudanças Climáticas do BNDES
Rafaela Guedes, Senior Fellow do CEBRI
Ivan Oliveira: Subsecretário de Financiamento do Desenvolvimento Sustentável do Ministério da Fazenda
 

11h às 11h30 | Painel 3 | Resultados preliminares do Programa de Transição Energética: Opções setoriais para a transição e próximos passos
Palestrantes:
André Lucena, Professor do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da UFRJ
Décio Oddone, Coordenador do Núcleo Energia do CEBRI e Diretor-Presidente da Enauta
Thiago Ivanoski, Diretor de Estudos Econômico-Energéticos e Ambientais da EPE
 

11h30 às 13h | Painel 4 | Diálogos Setoriais sobre as opções e desafios na trajetória de descarbonização
Palestrantes:
Claudia Prates, Chefe de Transição Energética e Clima do BNDES
Gabriela Oliveira, Diretora de Energia Renovável da Atlas Agro
Gil Maranhão Neto, Diretor de Comunicação e Responsabilidade Social Corporativa da ENGIE Brasil
Luiz de Mendonça, CEO da Acelen Renováveis
Maurício Carvalho, Sócio-fundador e diretor executivo do Grupo Urca Energia
Maurício Tomalsquim, Diretor Executivo de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras 

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