Valor Econômico
O partido do presidente Boliviano, Evo Morales, vai apresentar à Câmara um projeto de revisão de contratos antigos das multinacionais de mineração que atuam no país, aumentando a participação do Estado. Serão afetadas as subsidiárias de duas grandes mineradoras da Suíça e do Canadá, ficando de fora da revisão os contratos firmados nos últimos dois anos.
Segundo José Pimentel, presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados e um dos principais líderes do Movimento Ao Socialismo (MAS), a revisão dos contratos da subsidiária da suíça Glencore e da canadense Panamerican Silver é necessária porque eles seriam "leoninos para o país". Ele disse ainda que a estatal de mineração Comibol já está negociando com as duas empresas a modificação dos contratos para assegurar uma participação mínima de 55% em seus empreendimentos.
A Glencore explora três minas de zinco nos Andes bolivianos desde 2005, quando as comprou do ex-presidente Gonzalo Sánchez de Lozada (1993-1997 e 2002-2003). Em 2007, uma siderúrgica da empresa foi estatizada.
A Panamerican Silver, por sua vez, explora desde 1997 a mina de prata de San Vicente, na região de Potosí (sul da Bolívia), que é uma das maiores do país. A empresa canadense disse que investiu US$ 23 milhões para o desenvolvimento desta mina.
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