Reuters
O governo boliviano disse na segunda-feira que os novos contratos que negocia com petroleiras estrangeiras, que o país espera assinar até 28 de outubro, obrigarão as empresas a investir na exploração e desenvolvimento de campos de gás natural.
Os investimentos mínimos já estão definidos para garantir o cumprimento dos contratos com a Argentina e o Brasil, que supõe a obrigação de exportar até 57,7 milhões de metros cúbicos diários de gás a partir de 2010, disse o ministro dos Hidrocarbonetos, Carlos Villegas.
"Vamos obrigar as empresas a investirem na exploração e no desenvolvimento de campos para ter um equilíbrio entre reservas", disse Villegas a jornalistas no intervalo de uma reunião com a empresa espanhola Repsol-YPF.
A capacidade atual de produção de gás natural da Bolívia é de cerca de 35 milhões de metros cúbicos diários de gás, o suficiente para atender as exportações para Argentina e Brasil, que somam 32 milhões de metros cúbicos, e ao mercado interno.
Após a nacionalização dos hidrocarbonetos na Bolívia, decretada pelo governo do presidente Evo Morales em maio, as empresas transnacionais que operam no país decidiram limitar seus investimentos ao mínimo necessário para manter sua produção, deixando de lado o aumento da oferta, enquanto negociam novos contratos.
Ao reiterar que o prazo para assinatura de novos contratos vence no sábado, Villegas disse que o governo está confiante na reativação dos investimentos.
"Se tudo sair bem, a partir de 29 de outubro têm que haver no país investimentos em exploração, porque não é somente ter reservas para consumo, mas sim o lógico e racional na política energética, que é consumir e descobrir novas reservas", disse Villegas.
O ministro disse na semana passada que o governo negocia simultaneamente com as 10 petroleiras estrangeiras que atuam na exploração e produção, entre elas a Petrobras.
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