Infra-estrutura

BNDES financiará redes de gasodutos

Valor Econômico
24/03/2005 03:00
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O aumento do consumo de gás natural, que cresceu 26% em 2004, segundo a Associação Brasileira das Distribuidoras de Gás Natural (Abegás), somado a projetos da Petrobras para ampliação da sua malha de gasodutos de transporte estão levando as distribuidoras de gás em busca de financiamento do BNDES.
Dados da Abegás com 19 distribuidoras do Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste mostram que seu consumo foi de 13,6 bilhões de metros cúbicos de gás no ano passado, ante 10,76 bilhões de metros cúbicos em 2003. Comparando-se o consumo de 2004 com números de 1998 - quando a geração de energia por termelétricas era incipiente - o resultado é expressivo um salto no consumo de 241,76%.
Com isso, o pedidos de empréstimo para ampliação da malha de gasodutos respondem hoje pela maior parte dos financiamentos da área de gás, petróleo e fontes alternativas do BNDES. O banco prevê fechar 2005 com liberação de R$ 2,6 bilhões, 44% maior que o montante de 2004 - R$ 1,8 bilhão.
A liberação de recursos para grandes gasodutos e a distribuição de gás por empresas estaduais vêm crescendo desde 2000. Este ano já foram aprovados R$ 826 milhões, 418% a mais que em igual perído de 2004. Outros R$ 597 milhões já deram entrada no banco e R$ 36,7 milhões estão em análise. A soma, apenas para redes, chega a R$ 1,46 bilhão. Em 2000, foram aprovadas operações de R$ 100,1 milhões.
Entre os projetos enquadrados no BNDES estão o Gasoduto Sudeste-Nordeste (Gasene), da Petrobras, com financiamento de US$ 1,1 bilhão do China Eximbank em uma operação que ainda está sendo estruturada, e o gasoduto Urucu-Manaus. Nesse segmento, em 2004 a soma de todas as operações aprovadas foi de R$ 159,4 milhões.
A área de gás e petróleo prevê mais R$ 310 milhões em 2005 para projetos de exploração e produção de óleo e de R$ 426 milhões para fontes alternativas de energia, o que inclui o Proinfa. Para projetos de Termeletricidade e gás estão previsto R$ 280 milhões, além de R$ 113 milhões para embarcações de apoio marítimo.
A economista Cláudia Trindade Prates, chefe do departamento de gás, petróleo, co-geração e outras fontes de energia do BNDES, diz que foram financiadas todas as distribuidoras do Sul, Sudeste e Nordeste. Algumas já pleiteiam outros financiamentos.
Com a Comgás, de São Paulo, o BNDES acaba de fechar financiamento de R$ 428 milhões para suportar um investimento total programado de R$ 852 milhões para obras que vão ampliar em 955 quilômetros sua rede de distribuição.
A Comgás informou que investiu R$ 280 milhões em 2004 para ampliar sua rede em 343 quilômetros e para conectá-la a cinco novos municípios. Prevê mais 400 quilômetros neste ano na região metropolitana. No interior, tem planos de expansão da oferta na região de Campinas.
A Potigás, do Rio Grande do Norte, também recebeu financiamento de R$ 11 milhões.
No Rio, único Estado que abriga três termoelétricas, foram liberados R$ 56 milhões para a Ceg, que atua na capital. A Ceg Rio, com concessão para o interior e grandes clientes, tem em análise uma segunda operação. Ambas fecharam 2004 com grande crescimento nas vendas de gás. A Ceg com alta de 31% e a Ceg Rio, 10,8%. Controladas pela espanhola Gás Natural, seus investimentos somaram R$ 317 milhões no ano passado.
Em exploração e produção de petróleo, o banco está financiando (com Banco do Nordeste), a Queiroz Galvão para o desenvolvimento da produção e escoamento de gás do projeto Manati, onde tem 55%, operado em parceria com Petrobras (35%) e Petroserv (10%). "Com esse projeto a Bahiagás vai poder expandir sua clientela e deve aumentar seus investimentos", ressaltou a executiva do BNDES.

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