O estaleiro Mauá Jurong Petro Um, instalado em Niterói (RJ) e controlado pelo Mauá Jurong S.A, e a Transpetro, subsidiária da Petrobras, obtiveram do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiamento de R$ 564,5 milhões, com recursos do Fundo de Marinha Mercante (FMM).
Jornal do CommercioO estaleiro Mauá Jurong Petro Um, instalado em Niterói (RJ) e controlado pelo Mauá Jurong S.A, e a Transpetro, subsidiária da Petrobras, obtiveram do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiamento de R$ 564,5 milhões, com recursos do Fundo de Marinha Mercante (FMM). Do valor, 46%, ou R$ 259,6 milhões, irão diretamente para o estaleiro e 36%, equivalentes a R$ 203,2 milhões, vão para a Transpetro, que repassará os recursos ao Mauá Jurong.
O investimento total é de R$ 627,2 milhões e os recursos serão usados na construção de quatro navios-tanque para a Transpetro.
Os navios destinam-se ao transporte de produtos claros derivados de petróleo (diesel, gasolina, querosene de aviação, nafta e óleo lubrificante). As embarcações, com capacidade de 48.300 TPB (toneladas de porte bruto) cada, serão construídas pelo estaleiro Mauá Jurong, com prazo de entrega de 38 meses.
A operação representa parte do lote de 26 navios que serão construídos na primeira fase do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro.
A construção dos quatro navios deverão gerar 2,2 mil empregos diretos no estaleiro, além de cerca de 6,5 mil empregos indiretos, principalmente na indústria de navipeças e em atividades de serviços.
O projeto permitirá o aquecimento de diversos setores industriais, como o metalúrgico, o siderúrgico, o químico e o de instalações elétricas, pois o conteúdo nacional do projeto terá de ser de 65%.
Para atingir esse objetivo, o estaleiro Mauá Jurong S.A. firmou acordo de transferência de tecnologia com a Jurong Shipyard Inc, empresa que tem como acionista a Jurong Shipyard PTE , estaleiro de construção de plataformas de petróleo sediado em Cingapura. Este acordo prevê o treinamento de operários, técnicos e engenheiros do estaleiro.
A Transpetro, subsidiária integral da Petrobras, é a maior armadora da América Latina e principal empresa de logística, transporte e armazenagem de petróleo e derivados, álcool e gás natural do Brasil. O projeto faz parte da estratégia de expansão e renovação da frota da Transpetro, com a construção e aquisição de navios de grande porte adequados às normas técnicas internacionais de preservação do meio ambiente.
A Transpetro quer modernizar e reduzir a idade média dos navios da empresa, além de aumentar o número de embarcações da sua frota, que transporta, atualmente, cerca de 2,5 milhões de TPB.
Toda a frota de navios da Transpetro é fretada à Petrobras. Ainda assim, a Transpetro atende apenas a cerca de 20%, em volume, da demanda da Petrobras por transporte marítimo de petróleo e derivados. O restante da demanda é suprida por afretamentos no mercado internacional.
O BNDES já aprovou , no âmbito do programa de modernização da frota da Transpetro, duas outras operações para a construção de 19 navios, totalizando financiamentos de R$ 4,2 bilhões.
Fonte: Jornal do Commercio
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