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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) investirá cerca de R$ 150 milhões este ano para projetos de biodiesel, disse o diretor de energia do banco, Ricardo Cunha, durante a conferência Mercados de Biocombustíveis efetuada no Rio de Janeiro.
Os recursos provêm de um financiamento antecipado de R$ 883 milhões para projetos de energia renovável em 2006, mais doq ue o dobro dos US$ 430 milhões do ano passado. O desembolso total de créditos para o setor de açúcar e álcool, que inclui os projetos de biomassa, será de R$ 449 milhoes este ano contra os R$ 188 milhões aplicados em 2005.
O BNDES cobrará às empresas a taxa de juros a longo prajo (TJLP), que hoje está em torno dos 9%, mais 2% anual se quem solicita o empréstimo não tem o selo social - chancela de aprovação que garante um tratamento tributário preferencial aos produtores que comprar a produtores familiares - ou o TJLP mais 1% no caso dos que possuem o selo.
As grandes empresas - aquelas com ingressos operacionais anuais brutos de R$ 60 milhões e as que registram mais que esse montante - pagarão TJLP mais 3% e 2% respectivamente. Os projetos que têm o selo social podem optar por créditos que entregam até 90% do financiamento ante 80% daqueles que não tem a chancela.
As empresas têm que entregar garantias de 100% do financiamento o que se compara com os 130% que o BNDES exige para os créditos que costuma conceder. O banco aplicará suas regras habituais de conteúdo nacional para o financiamento do biodiesel.
A carteiro de biodiesel do BNDES envolve R$ 210 milhões em financiamento para seis projetos do tipo que, em conjunto, produzirão 533 milhões de litro ao ano de biodiesel com um investimento total de R$ 238 milhões.
O país tem cerca de 90 milhões de hectares disponíveis para plantar oleaginosas. Existem consumidores a grande escala de biodiesel e já se conta com a infra-estrutura de transporte, armazenamento e exportação necessária.
Considerando a demanda, o banco também planeja financiar a compra de maquinaria que funcione com biodiesel, além de apoiar o investimento que beneficie os subprodutos deste.
O BNDES e o Governo do Brasil vêm muitas vantagens no biodiesel: reduziria a pobreza rural ao criar trabalho para cerca de 250 mil famílias até 2007, garantindo ingressos por meio de um comprador seguro; diminuiria as emissões e outros fatores externos negativo e obteria bônus de carbono; recortaria a fatura de importação de combustíveis e elevaria a segurança energética.
Além do mais, as companhias brasileiro não só exportariam biodiesel, como também a tecnologia e o conhecimento técnico para manufaturar o produto em outros países.
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