Bacia de Santos

BNDES chinês” vai financiar busca de petróleo no pré-sal

<P align=justify>A negociação para a concessão de empréstimo de US$ 10 bilhões da China para a Petrobrás deverá ter um capítulo decisivo amanhã, com a chegada ao Brasil do vice-presidente Xi Jinping, que trará em sua comitiva o representante do China Development Bank (CDB), a instituição...

O Estado de S. Paulo
18/02/2009 00:00
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A negociação para a concessão de empréstimo de US$ 10 bilhões da China para a Petrobrás deverá ter um capítulo decisivo amanhã, com a chegada ao Brasil do vice-presidente Xi Jinping, que trará em sua comitiva o representante do China Development Bank (CDB), a instituição financeira dona do dinheiro do provável financiamento.

O embaixador da China no Brasil, Chen Duqing, disse que o acordo entre a estatal e o CDB poderá constar de um dos memorandos de entendimento que serão assinados entre os dois países durante a visita de Jinping.

Mas caso o negócio seja realmente aprovado - como tudo leva a crer - os detalhes finais só serão anunciados durante a visita que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará a Pequim em maio.

A Petrobrás e o banco chinês negociam a concessão do empréstimo desde novembro. O principal objetivo da linha de crédito é financiar a exploração das reservas de petróleo na camada pré-sal, na Bacia de Santos.

Segundo maior consumidor de energia do mundo, o país asiático receberia o pagamento por meio da entrega de petróleo. As principais divergências entre as partes, de acordo com informações obtidas pelo Estado, dizem respeito às taxas de juros que incidirão sobre o financiamento.

“Neste momento crítico de crise mundial, países em desenvolvimento como o Brasil e a China têm que cooperar para superar as dificuldades”, ressaltou Chen.

Não é apenas no Brasil que a China busca garantir suprimento de energia. Ontem, a Rússia anunciou que receberá financiamento de US$ 25 bilhões do CDB e que entregará em troca 300 mil barris de petróleo por dia pelos próximos 20 anos.

Além do memorando de entendimentos com a Petrobrás, o presidente do Conselho de Administração do CDB, Jiang Chiaoliang, vai assinar acordos com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Itaú, pelo qual o banco privado brasileiro vai repassar uma linha de crédito de US$ 100 milhões da instituição chinesa.

Roberto Dumas Damas, representante do Itaú na China, disse que o documento que será assinado amanhã define os “termos e condições” do acordo e que a liberação dos recursos ainda depende da análise de documentos, que deverá estar concluída em seis meses.

Esses recursos serão destinados a projetos que tenham alguma relação com a China, afirma Damas. Atualmente, o tipo de operação que o banco percebe o maior volume de demanda é a importação de máquinas e equipamentos da China. As taxas de juros serão as cobradas pelo mercado e o prazo dos financiamentos será de 10 anos.

BANCO GIGANTE

O CDB é a versão chinesa do BNDES, com a diferença de que tem um volume de crédito muito superior ao do banco brasileiro. No fim de 2007, o valor dos financiamentos concedidos pelo CDB alcançava US$ 325 bilhões, cifra que supera o Orçamento anual do governo brasileiro. Desses recursos, apenas 0,92% eram destinados a operações fora da China.

Xi Jinping faz parte do restrito grupo de nove dirigentes que integra o Comitê Permanente do Politburo e detém o poder na China. Em 2007, ele foi apontado como provável sucessor do presidente Hu Jintao em 2012. O Brasil é a última etapa de sua viagem à América Latina, que incluiu México, Jamaica, Colômbia e Venezuela.

Na sexta-feira, na Cidade do México, Xi Jinping fez um ataque surpreendente aos estrangeiros que criticam seu país em razão da situação dos direitos humanos e usou um tom tão exaltado que suas declarações foram censuradas pela imprensa oficial de Pequim.

Em discurso durante encontro com a comunidade chinesa no México, Jinping afirmou que os outros países não têm por que se queixar da China. “Em primeiro lugar, a China não exporta a revolução, em segundo, não exporta fome e pobreza e, em terceiro, não cria problema para vocês. O que mais vocês podem dizer sobre nós?”, perguntou, em referência aos estrangeiros.

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