Redação TN Petróleo/Assessoria
O biogás de cana-de-açúcar chega em escala ao mercado. No começo deste mês, a Raízen, joint-venture da Shell e da Cosan, foi liberada pela Aneel a iniciar a operação comercial de três turbinas de energia elétrica de planta localizada em sua Usina Bonfim, em Guariba (SP).
O que chama a atenção é que toda essa energia elétrica tem como matéria-prima biogás produzido a partir de vinhaça e de torta, resíduos do processo industrial da usina de cana-de-açúcar.
A planta geradora pertence a Raízen e a Geo Energética e fornecerá a eletricidade para o governo federal em contrato vencido em leilão público de 25 anos.
Por sua vez, a planta da Usina Bonfim já é case porque é a primeira do mundo a vencer leilão público com eletricidade de biogás de cana-de-açúcar e seus resíduos. A capacidade instalada da planta é de 21 megawatts (MW).
De seu lado, a Geo já operacionaliza planta de biogás junto a usina de cana-de-açúcar da cooperativa Coopcana no interior do Paraná.
“A planta na Coopcana começou com uma unidade de demonstração tecnológica de biodigestão de torta, vinhaça e palha de cana”, relata ao Energia Que Fala Com Você Alessandro Gardemann, diretor da Geo.
Segundo ele, a planta está em fase de ampliação e até o fim deste ano deverá chegar a uma capacidade de 10 MW.
Além das usinas da Coopcana e da Raízen, a próxima a estrear na produção comercial de biogás de cana-de-açúcar é usina da Cocal, também no interior paulista, a partir de 2021.
No caso da Cocal, o biogás será transformado em biometano, que tem mesmas características do gás natural e será distribuído pela GasBrasiliano.
A diferença é que enquanto o gás natural tem como matéria-prima o fóssil – e poluente – petróleo, o biogás é renovável e provém da cana, que sequestra o poluente gás carbono em sua fase de crescimento.
O empreendimento é destacado em entrevista de Alex Gasparetto, diretor presidente da GasBrasiliano, ao Energia Que Fala Com Você. A entrevista está aqui embaixo.
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