O Globo
Líder do consórcio que construirá a hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, a agora toda-poderosa Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) - maior empresa do Nordeste - está no meio de uma batalha política contra as mudanças promovidas para fortalecer o sistema Eletrobras, como mostra matéria de Cristiane Jungblut e Eliane Oliveira, publicada na edição desta terça-feira, no GLOBO.
Foi preciso a intervenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com a promessa política de que a Chesf não será esvaziada, para estancar uma rebelião que tinha unido do PT ao DEM.
Para políticos nordestinos, tanto aliados do governo como da oposição, as alterações esvaziam as subsidiárias do sistema (Chesf, Furnas, Eletronorte e Eletrosul), ao estabelecer que as decisões estratégicas fiquem sujeitas à aprovação do Conselho de Administração da holding Eletrobras. O governador de Pernambuco (sede da Chesf), Eduardo Campos (PSB), foi um dos articuladores da resistência.
Por determinação de Lula, o ministro de Minas e Energia (MME), Marcio Zimmermann, enviou no dia 22 de abril ofício ao presidente da Eletrobras, José Antonio Muniz Lopes, praticamente fazendo uma promessa de que a Chesf e outras subsidiárias não seriam esvaziadas. No ofício 605, o ministro ressalta que "as empresas de geração e transmissão do Sistema Eletrobras devem permanecer com suas estruturas de diretoria e de conselhos, priorizando a autonomia necessária das empresas controladas e o fortalecimento da holding, conforme oriente o presidente Lula".
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