Mastella destaca segurança e eficiência energética do modal dutoviário durante a Rio Pipeline
Redação TN Petróleo, Agência PetrobrasO diretor de Comercialização e Logística da Petrobras, Claudio Mastella, participou nesta quarta-feira (10/11) do CEO Talks da Rio Pipeline, onde abordou os desafios para o setor de dutos no país. No evento, ele celebrou os avanços no combate às derivações clandestinas, como são chamados os furtos de óleo e combustíveis em dutos, ressaltando a redução de casos nos últimos meses.
“Em relação às derivações clandestinas, felizmente, temos experimentado mais vitórias do que derrotas. Nos últimos três meses, tivemos cinco casos em agosto, quatro em setembro e dois em outubro. Digo que estamos em um ambiente razoavelmente positivo hoje”, afirmou Mastella. Para comparação, durante todo o ano de 2020, foram registrados 201 furtos ou tentativas de furtos em dutos, o que correspondeu a uma média mensal superior a 16 casos.
Para alcançar esse resultado, o diretor da Petrobras pontuou alguns dos esforços realizados pela companhia, como os investimentos em tecnologia. “Automação, sistemas de controle e monitoramento são fundamentais para garantir que esse tipo de intervenção seja menos frequente. Não podemos relaxar”, explicou Mastella, que defende mudanças na legislação para tipificar o crime do furto em dutos, com o aumento da punição para quem praticar o delito.
Além de seguro e eficiente, desde que não ocorram intervenções criminosas, o transporte por dutos é uma boa alternativa para o gerenciamento das emissões de carbono, de acordo com Mastella. “O modal dutoviário é um transporte com base em energia elétrica, é um modal de baixa emissão. Vejo uma oportunidade para movimentações de hidrogênio, amônia, etanol e biodiesel”, afirmou o diretor.
Questionado sobre investimentos em novos dutos pela Petrobras, Mastella explicou que a cada plataforma que é instalada são implantados centenas de quilômetros de dutos no leito do mar, para transportar petróleo, gás e água. “Esses dutos são bastante sofisticados tecnologicamente em relação aos dutos em terra”, destacou. Em relação ao setor em geral, o diretor entende que é um mercado jovem, que ainda está em desenvolvimento, com a possibilidade de expansão para o interior do país. “A demanda mais expressiva continua mais perto da costa, mas o crescimento da demanda de combustíveis e a oferta de biocombustíveis no Centro-Oeste gera uma oportunidade para outras empresas”, projetou.
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