Cessão Onerosa

Arrecadação do petróleo vai dobrar com produção nas áreas do megaleilão, diz ANP

Reuters, 30/09/2019
30/09/2019 12:06
Visualizações: 513 (0) (0) (0) (0)

A arrecadação de União, estados e municípios com o petróleo vai dobrar em cinco anos. Segundo cálculos da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) obtidos pelo GLOBO, a produção estimada em 1,2 milhão de barris diários das quatro áreas do pré-sal da Bacia de Santos, que serão ofertadas no megaleilão confirmado pelo Congresso para novembro, será capaz de abastecer os cofres públicos com R$ 52,5 bilhões por ano a partir de 2024.

A cifra é muito próxima de tudo o que foi arrecadado em royalties e participações especiais (PEs) por toda a indústria do petróleo no país em 2018: R$ 55,2 bilhões.

Institucional

Considerando o Imposto de Renda a ser pago pelas petroleiras, a arrecadação dos quatro campos sobe para cerca de R$ 70 bilhões por ano.

- Esse volume estimado de arrecadação fiscal equivale praticamente a uma reforma da Previdência - compara o diretor-geral da ANP, Décio Oddone, com os R$ 876 bilhões que o governo pretende economizar em dez anos com as novas regras para a aposentadoria. - São estimativas, mas os números dão uma ideia do nível de grandeza a que vai chegar a arrecadação futura.

Oddone, da ANP, explica que as estimativas de arrecadação que serão geradas pelas quatro áreas do megaleilão consideram a instalação de dez plataformas, com capacidade de 150 mil barris por dia cada, na região, além de uma cotação internacional do barril do petróleo em torno de US$ 70 e do dólar em R$ 4.

A expectativa é que essas plataformas comecem a entrar em operação a partir de 2024 de forma gradativa, atingindo o pico de produção ainda na próxima década. A atividade deve gerar uma demanda de investimentos pela indústria da ordem de R$ 1,7 trilhão até 2030.

O Rio, cujo litoral abriga os campos do megaleilão, será o mais beneficiado. No modelo de partilha adotado no pré-sal, que cobra das petroleiras fatia mais alta de participações governamentais, quase 60% da parcela de royalties são divididos entre estados e cidades produtores. Isso significa que a produção dos quatro campos será uma nova oportunidade para a recomposição das finanças do Estado do Rio e de cidades produtoras para fazer investimentos capazes de viabilizar o futuro sem o petróleo.

A condição de estado produtor também garantiu ao Rio fatia maior que a de outras unidades da federação nos R$ 106,5 bilhões que devem ser arrecadados no leilão com bônus de assinatura, pelo direito de exploração. A União prometeu dividir 30% com todos os estados e municípios, e o Senado assegurou R$ 2,5 bilhões para o Rio, a serem confirmados na Câmara.

Em Maricá, na Região dos Lagos, a queda na receita anual seria de 69% já em 2020, segundo a ANP. Na vizinha Saquarema, de 27%.

As duas cidades também estariam entre as que mais perderiam os recursos futuros dos campos do megaleilão, já que o deslocamento da produção da Bacia de Campos para o pré-sal da Bacia de Santos também está alterando a geografia da distribuição dos recursos do petróleo no Estado do Rio. O litoral das duas cidades é confrontante com os quatro campos do leilão. Elas serão as grandes beneficiadas com a produção deles, assim como foram Macaé e Campos dos Goytacazes no auge da produção no Norte Fluminense.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
ROG.e 2024
No primeiro dia da ROG.e 2024, Vallourec apresenta inova...
24/09/24
ROG.e 2024
Margem equatorial é essencial para a economia e a segura...
24/09/24
Royalties
Valores referentes à produção de julho para contratos de...
24/09/24
Bacia de Campos
Por US$ 1.027 bilhão, Petrobras contrata novos navios-so...
24/09/24
ROG.e 2024
Portaria que cria o Potencializa E&P é assinado pelo min...
24/09/24
ROG.e 2024
Repsol Sinopec Brasil marca presença na ROG.e 2024 em es...
24/09/24
ROG.e 2024
TAG apresenta na ROG.e 2024 iniciativa para impulsionar ...
23/09/24
ROG.e 2024
Ao lado de autoridades do Brasil e do mundo, Firjan marc...
23/09/24
ROG.e 2024
No primeiro dia de ROG.e, MODEC e Shape Digital apresent...
23/09/24
ROG.e 2024
Transição energética e descarbonização foram temas das p...
23/09/24
ROG.e 2024
ROG.e debate transição energética justa e pluralidade da...
23/09/24
ROG.e 2024
ROG.e 2024 transforma o Rio na capital da energia a part...
23/09/24
ROG.e 2024
XII Seminário de Segurança Operacional e Meio Ambiente d...
23/09/24
ROG.e 2024
Karoon Energy celebra 20 anos de operações e apresenta n...
23/09/24
Conteúdo Local
Audiência pública sobre relatórios de conteúdo local é a...
23/09/24
ROG.e 2024
Na ROG.e, Firjan apresenta levantamento sobre as relaçõe...
23/09/24
ROG.e 2024
PPSA promove 12 palestras sobre o pré-sal na ROG.e 2024
23/09/24
ROG.e 2024
Mayekawa é presença consolidada na ROG.e
20/09/24
ROG.e 2024
Merax confirma presença na ROG.e, com foco em máquinas e...
20/09/24
ROG.e 2024
Omni estará na ROG.e com drone usado em contrato com a P...
20/09/24
ROG.e 2024
MODEC estará na ROG.e 2024
20/09/24
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

20