Redação TN Petróleo, Agência Petrobras
A Petrobras concluiu o teste de formação na área do Plano de Avaliação de Descoberta de Júpiter, localizado no pré-sal da Bacia de Santos. Os resultados obtidos confirmam a excelente produtividade do poço, portador de óleo condensado de altíssimo valor agregado, com elevadas vazões, reforçando assim a potencialidade da área.
O fluido apresenta alta razão gás-óleo e elevado teor de CO2, exigindo aplicação de tecnologias inovadoras para a sua produção comercial. Por essa razão, as amostras de fluido coletadas no teste serão usadas para validação da tecnologia HISEP® High Pressure Separation (separação em alta pressão), desenvolvida e patenteada pela Petrobras, que consiste na separação e reinjeção nas rochas reservatórios, por meio de equipamentos instalados no fundo do mar, do CO2 existente no petróleo produzido. O HISEP® está em etapa de qualificação e um piloto, em outra área operada pela companhia, deverá ser instalado em 2024 para realizar testes de mais longo prazo, possibilitando um novo conceito de desenvolvimento de produção.
Esta inovação tecnológica tem o potencial de viabilizar o projeto piloto de desenvolvimento da produção de Júpiter, bem como outros projetos com fluidos de razão gás-óleo e teor de CO2 elevados, abrindo uma nova fronteira exploratória e de desenvolvimento da produção para oportunidades do portfólio de águas profundas e ultra-profundas da Petrobras.
A área de Júpiter pertence à concessão BM-S-24, na qual a Petrobras é a operadora, com 80% de participação, e foi adquirida em 2001 em parceria com a Petrogal Brasil, que possui os demais 20%, na 3ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O teste de formação avaliou os reservatórios carbonáticos do pré-sal no poço internamente denominado Apollonia (3-BRSA-1246-RJS), localizado a aproximadamente 295 km da cidade do Rio de Janeiro, em lâmina d’água de 2.183 m.
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