A reestruturação do pólo petroquímico do Sul, a partir da aquisição do Grupo Ipiranga, serve de exemplo para a petroquímica no Sudeste. O presidente da Petroquisa admite a possibilidade de aquisições para possibilitar investimentos no Comperj.
As petroquímicas do Sudeste, Unipar e Suzano, estão mais próximas de formar parcerias com a Petrobras no Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj) do que outras petroquímicas nacionais.
A avaliação é do presidente da Petroquisa, José Lima de Andrade Neto, que afirma que há a necessidade de fortalecimento das indústrias petroquímicas locais para possibilitar investimentos no Comperj.
O executivo deu as explicações durante a entrevista coletiva concedida pela Petrobras nesta terça-feira (20/03) a respeito da aquisição do Grupo Ipiranga pelas empresas Petrobras, Grupo Ultra e Braskem.
Segundo o diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, o negócio tem o objetivo de fortalecer o setor petroquímico nacional tendo a Petrobras como indutora deste processo.
A exemplo da recente aquisição no Sul, o presidente da Petroquisa considera as mesmas necessidades no Sudeste. Segundo ele, existem negociações com Unipar e Suzano e os obstáculos são relativos a valores de ativos e questões de governança.
O executivo comentou que não existe apenas o Comperj no Sudeste e citou a RioPol e a petroquímcia de Paulínea, mas admite que o Complexo do Rio é o grande investimento.
O volume de investimentos do Comperj, cerca de US$ 8,5 bilhões, supera a capacidade das petroquímicas nacionais o que dificulta o desenho da participação societária no empreendimento.
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