GLP

ANP determina critérios para venda de gás de botijão mais barato

Para adquirir gás mais barato para botijões de 13kg de GLP destinado a uso doméstico, as empresas terão que comprovar o número de envases que possuem. O volume que têm direito a comprar será de 6,5 kg de gás por mês por botijão.


06/03/2006 03:00
Visualizações: 956 (0) (0) (0) (0)

Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizou, nesta segunda-feira (06/03), uma Audiência Pública para a regulamentação da Resolução do Conselho Nacional de Política Energética que determina a comercialização do gás liqüefeito de petróleo (GLP) em botijões de 13 Kg para uso doméstico a preços mais baixos do que o gás para outros usos e em outros envases.

A resolução de que o GLP vendido em 13kg para uso doméstico seja 12,4% mais barato do que o mesmo gás vendido a granel e em outros envases já é praticada pelo mercado desde 2002. Com a regulamentação, a Agência determina também critérios para a aquisição do GLP e a fiscalização de que o gás adquirido a preços mais baixos seja realmente utilizado para o fim estabelecido na lei. 

O critério fixado pela ANP é baseado na média de rotatividade do botijão de gás e no universo de botijões de cada empresa. Segundo explica o superintendente de abastecimento da ANP, Roberto Furian Ardenghy, a Agência calcula que cada botijão demore cerca de dois meses desde que sai da empresa distribuidora, é utilizado pelo consumidor e retorna à distribuidora. A partir desta estimativa, a agência determina que cada empresa poderá adquirir a preços reduzidos o volume equivalente a 6,5 kg de GLP por botijão por mês. "O volume é a metade do total de botijões porque os cálculos definem que a outra metade dos seus botijões estaria circulando entre os consumidores", resume Ardenghy.

A resolução também determina a necessidade de um medidor mássico (aparelho que mede o volume de gás contido no envase) no local onde há entrega a granel para garantir que o volume vendido seja realmente entregue.

O Sindicato das Companhias distribuidoras de Gás (Sindigás) e as empresas associadas endossam a resolução da ANP e consideram que tanto o preço mais baixo, quanto o medidor volumétrico sejam medidas de política energética e de controle adequadas, ainda que o representante da Consigás, empresa distribuidora de São Paulo, critique a medida de preços diferenciados e defenda preços preços gerais mais baixos para o GLP.

O diretor-presidente da SHV Gás, Lauro Marcos Muniz Barretto Cotta, endossa a decisão da Agência em exercer maior poder regulador e explica que as empresas distribuição de GLP são obrigadas a informar à ANP suas vendas de GLP em botijões de 13kg e em outros envases e podem comprar o produto segundo seu perfil de vendas. Na opinião de Cotta, o preço diferenciado não é considerado um subsídio, embora o valor seja reduzido em relação aos preços internacionais. "É preciso considerar também que a Petrobras é praticamente auto-suficiente em GLP também. Atualmente ela importa apenas cerca de 3% do que é consumido no Brasil", afirma.

Segundo Ardenghy, da ANP, o defeito da determinação legal é que estimula o uso de GLP em mercados onde talvez outros métodos de armazenamento e distribuição sejam mais indicados, como em grandes condomínios, por exemplo. A redução do preço também estimula as fraudes, como a aquisição do Gás para botijão de 13Kg e sua efetiva aplicação em granéis. No entanto, o superintendente da Agência, considera a fraude difícil de ser realizada porque é preciso confirmar o universo de botijões e não é viável comprar os botijões para atender cometer a fraude, uma vez que cada exemplar do envase é vendido a cerca de R$ 90.

A prática de recarga de botijões de outras marcas, no entanto, foi diversas vezes abordada e criticada durante a Audiência.

A partir da realização da Audiência Pública, as sugestões apresentadas por distribuidoras e pela Petrobras, como produtora, serão analisadas pela procuradoria da ANP. A resolução final sobre a determinação da CNPE será publicada em cerca de 30 dias.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Energia Elétrica
Bandeira vermelha deixa conta de luz mais cara a partir ...
02/06/25
Energia Solar
Thopen investe R$ 750 milhões em 52 usinas solares no No...
02/06/25
Inclusão Social
Cladtek lança Programa de Inclusão de Pessoas com Defici...
02/06/25
Oportunidade
Shell Iniciativa Jovem prorroga inscrições do último cic...
02/06/25
ANP
ANP aprova sua Agenda Regulatória para o período 2025-2026
02/06/25
Startups
NAVE ANP: 21 startups aprovadas para contratação
02/06/25
Combustíveis
Etanol hidratado fecha em baixa e acumula 3ª queda seman...
02/06/25
Refino
Petrobras inicia operação da nova Unidade de Hidrotratam...
02/06/25
Bahia Oil & Gas Energy 2025
Copastur Energy marca presença no Bahia Oil & Gas Energy...
01/06/25
Bahia Oil & Gas Energy 2025
Burckhardt Compression: Tradição, Inovação e um Novo Mar...
01/06/25
Perfil Empresa
Geogin: Tecnologia e Especialização a Serviço da Gestão ...
30/05/25
Investimentos
Transpetro lança licitação para entrada no segmento de o...
30/05/25
Bahia Oil & Gas Energy 2025
Bahia Oil & Gas Energy supera os 13 mil inscritos e já é...
30/05/25
Bahia Oil & Gas Energy 2025
Marquise Ambiental apresenta soluções em resíduos indust...
30/05/25
Bahia Oil & Gas Energy 2025
Bahia Oil & Gas supera expectativas e consolida sua impo...
29/05/25
Bahia Oil & Gas Energy 2025
Petroborn planeja investir US$ 35 milhões no Nordeste
29/05/25
Pré-Sal
FPSOs da MODEC impulsionam produção de petróleo e gás, s...
29/05/25
Bahia Oil & Gas Energy 2025
GBS Storage debate projeto inédito de estocagem de gás n...
29/05/25
Comemoração
BDEP ANP faz 25 anos
29/05/25
Bahia Oil & Gas Energy 2025
Bahia Oil and Gas 2025 abre com debates estratégicos sob...
28/05/25
Sergipe Oil & Gas 2025
No próximo dia 03/06 acontece o evento de lançamento do ...
28/05/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22