Jornal do Commercio - RJ
O diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Jerson Kelman, disse que o planejamento do setor energético não pode ficar condicionado às ameaças de embargo de obras importantes. Ele se referia a pedidos de liminar para que o leilão de linhas de transmissão do rio Madeira, realizado semana passada, e também da decisão da Justiça em embargar a concessão da licença de instalação para a usina de Jirau
"O país tem que apostar que haverá energia. Ficar hesitando em fazer as coisas seria apostar no desastre", afirmou Kelman, em entrevista coletiva na qual avaliou os resultado do leilão
Duas ações populares foram impetradas na Justiça de Rondônia pedindo a suspensão do leilão. Os pedidos estão sendo analisados. O secretário-executivo do MME (Ministério de Minas e Energia), Marcio Zimmermann, disse que um dos argumentos contra o leilão, de que a energia do Madeira não seria direcionada para a região Norte, é falso
"A energia vai para aquela região. O excedente irá para o Sudeste, mas não faltará energia para a região Norte", garantiu
Zimmermann destacou que a interligação com o sistema isolado, entre o Acre e Rondônia, começará a sair do papel em março, com a inauguração de linhas de transmissão interligando o Centro-Oeste àquela região. Gradualmente, a conta de R$ 800 milhões por ano para a compra de óleo combustível para as termelétricas locais serão eliminadas, de acordo com o secretário-executivo.
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