Bolívia

Analistas prevêem relação complexa

Agência Estado
31/10/2006 03:00
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O anúncio de acordos com o governo boliviano e a assinatura dos novos contratos no fim de semana não deve pôr fim à disputa entre petroleiras e La Paz. A opinião é de especialistas, para quem as companhias aceitaram os termos propostos com o objetivo inicial de se manter no país, para depois buscar melhores condições de operação. Os contratos devem ser ratificados pelo Congresso local e até lá existem chances, ainda que pequenas, de mudanças nos termos.

"As empresas estavam contra a parede e tiveram que aceitar os termos. É melhor ficar e depois tentar melhorar a situação do que ir embora", diz o consultor Jean Paul Prates, da Expetro Consultoria. "A Bolívia está redefinindo sua Constituição e pode ser que os constituintes entendam que o modelo não deve ser esse", completa o geólogo Giuseppe Bacoccoli, professor da Coppe/UFRJ. O governo Evo Morales já demonstrou algumas vezes insatisfação com o lobby das petroleiras que, segundo o presidente, tem representantes no Legislativo local.

Na avaliação de todos os entrevistados, o acordo não foi bom para as empresas, mesmo que executivos tenham se apressado em afirmar que os contratos podem ser rentáveis ou tenham acenado com a possibilidade de novos investimentos no país. "Ninguém quer entregar sua produção para outro vender", diz Prates. Para o economista Edmar Almeida, da UFRJ, apesar da "boa vontade" demonstrada pelas empresas em se comprometer com novos investimentos, é quase "inacreditável" que esta intenção vá além da "tentativa de ser amigável com o governo boliviano".

Um observador próximo às negociações lembra que há pontos em aberto nos contratos, que devem ser detalhados em novas negociações antes de o texto ser submetido ao Congresso. Na sua opinião, não haverá grandes contestações com relação aos termos gerais dos acordos divulgados esse fim de semana, mas haverá grandes discussões a respeito de novos investimentos no país.

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