Há a necessidade de melhorar o caixa da Petrobras.
Reuters
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, deixou em aberto a possibilidade de reajuste nos combustíveis praticados pela Petrobras neste ano, mesmo com a redução no preço do petróleo no exterior e o fim da defasagem de preços da gasolina no mercado interno.
“Havia defasagem [em relação aos preços no exterior], agora não há. Agora é em benefício da Petrobras. O preço da gasolina está mais alto, então a Petrobras está ganhando com isso. Mas isso não significa que não haverá aumento, isso é uma decisão da empresa”, afirmou Mantega, que também é presidente do Conselho de Administração da estatal.
Na terça-feira, o Credit Suisse divulgou relatório apontando que a gasolina vendida pela Petrobras às distribuidoras de combustíveis está mais cara que a média dos valores do mercado externo, em função da queda acentuada do preço do petróleo.
O documento mostrou que o preço da gasolina no mercado internacional estava 1% mais baixo do que os valores no mercado doméstico brasileiro.
Em 25 de setembro, os preços internacionais da gasolina estavam 24,3% acima dos preços no mercado doméstico.
Mesmo diante do fim da defasagem, uma fonte do governo disse na véspera que a decisão de elevar os preços da gasolina ainda neste ano estava mantida.
Isso porque há a necessidade de melhorar o caixa da Petrobras.
A discussão sobre o aumento nos preços da gasolina ocorre em meio ao cenário de inflação elevada, com o IPCA acima do teto da meta da inflação em 12 meses.
No exterior, os preços do petróleo têm caído nas últimas semanas diante do fraco crescimento da economia global.
O preço do Brent já acumulava perdas de cerca de 25 por cento desde o pico do ano registrado em junho.
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