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Diário Catarinense - SCO reconhecimento de zona livre de aftosa sem vacinação, que já foi aprovado na primeira etapa pela Organização Mundial de Saúde Animal, recoloca Santa Catarina no topo da suinocultura brasileira e acelera o planejamento das empresas que pretendem investir no aumento da produção de carne para exportação.
A avaliação é do presidente do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados de Santa Catarina (Sindicarnes), Paulo Ernani de Oliveira. Não que SC tivesse perdido espaço em qualidade ou sanidade, porque sempre foi referência. Mas acabou sendo sacrificada no episódio da aftosa no Mato Grosso do Sul e os discutidos focos no Paraná. Por ser vizinho ao Paraná, o Estado perdeu o mercado russo, que respondia por 64% dos embarques.
Até dezembro de 2005, o Estado era líder nas exportações, com 45% dos embarques. Depois, com o embargo russo, teve sua parcipação reduzida para cerca de 30% e, foi ultrapassada pelo Rio Grande do Sul. O prejuízo, somente no ano passado, passou de R$ 500 milhões, numa estimativa da Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (Faesc).
O preço do suíno caiu de R$ 2 por quilo para R$ 1,20 em julho do ano passado. Mas a persistência do setor produtivo começou a ser recompensada na semana passada, com a aprovação do pedido de zona livre sem vacinação, por uma comissão de especialistas da OIE.
Estimativa de US$ 300 milhões - No entanto, o setor produtivo já começa a planejar novos investimentos no Estado. Paulo Ernani de Oliveira, que também é vice-presidente da Perdigão, disse que a partir da confirmação de abertura do mercado europeu e japonês para Santa Catarina, a agroindústria terá que investir numa nova fábrica com abate entre 4 mil e 5 mil suínos.
O consultor em agroindústrias, Vicenzo Mastrogiacomo, estima um acréscimo de, pelo menos, US$ 300 milhões por ano, em exportações. A Coopercentral Aurora já tinha definido um aumento de abates de 11 mil para 13 mil suínos dia, para otimizar suas plantas.
Os agricultores Antônio e Leandro Gabriel, de Cordilheira Alta, esperam que a abertura do mercado europeu recupere o preço do suíno.
- Trabalhamos quatro meses para ganhar R$ 2,8 mil - disse Leandro, lamentando a falta de retorno.
Fonte: Diário Catarinense - SC
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