<P>Depois de várias reuniões, realizadas entre a tarde de segunda e o final da manhã de ontem, foi fechado acordo entre os funcionários da Quip S/A, responsável pela construção da P-53, que estavam paralisados desde quarta-feira da semana passada, e a direção da empresa. O retorno ao trabal...
Jornal Agora (RS)Depois de várias reuniões, realizadas entre a tarde de segunda e o final da manhã de ontem, foi fechado acordo entre os funcionários da Quip S/A, responsável pela construção da P-53, que estavam paralisados desde quarta-feira da semana passada, e a direção da empresa. O retorno ao trabalho aconteceu no início da tarde de ontem, mas a construção dos módulos da P-53 continuou parada. Isso porque mais de 100 dos trabalhadores que são de fora do Município (mão-de-obra especializada) resolveram pedir demissão.
No meio da tarde, os funcionários que se encontravam no local de trabalho - área industrial da Quip - estavam parados e explicaram o que estava acontecendo. Segundo eles, era grande o número dos que estavam pedindo demissão. Entre os que continuavam na área de trabalho, havia alguns que também pretendiam desligar-se da empresa. É o caso do caldeireiro Paulo Rocha, 35 anos, de Salvador (Bahia), segundo o qual o salário é muito baixo. O salário não melhorou e só receberemos passagens para irmos em casa dentro de cinco meses, contou Rocha.
Outros dois trabalhadores de Salvador - Manoel Silvano dos Santos Filho, 39 anos, e Derivaldo Lúcio de Souza, 50 anos, também disseram que pretendiam pedir demissão. O salário é o maior motivo de queixa. Segundo eles, um pintor recebe R$ 1,2 mil enquanto um caldeireiro ganha R$ 700. Entendem que não pode haver essa diferença e querem que seus salários sejam igualados aos funcionários da empresa que atuam em Niterói.
Acordo
Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Rio Grande, Dercy Anchieta de Souza, que participou das negociações, o acordo foi fechado com a direção da Quip no início da tarde de ontem e seria encaminhado à Delegacia Regional do Trabalho (DRT) para homologação. O acordo foi feito com condições mínimas de avanço, mas foi o possível, declarou Souza.
Os trabalhadores reivindicavam ticket alimentação no valor de R$ 300; equiparação salarial com os funcionários da base de Niterói; adicional de insalubridade ou periculosidade; plano de treinamento de funcionários; passagens de ida e volta para o pessoal de fora da cidade e do Estado; entre outros itens. O acordo incluiu ticket alimentação no valor de R$ 35 e pagamento das despesas de viagens, entre outras questões. A insalubridade fica dependendo de laudo de médico perito. Já o pedido de equiparação salarial não foi discutido pela empresa.
Alguns itens ficaram em aberto e deverão ser discutidos posteriormente. Conseguimos avanços nas questões que não envolviam valores maiores, observou o sindicalista. De acordo com o acerto, os dias parados deverão ser compensados, mas não em domingos e feriados. Souza explicou que não foi possível obter mais melhorias porque o movimento foi precipitado, já que a empresa havia protocolado pedido de reunião para negociar.
Fonte: Jornal Agora (RS) - Carmem Ziebell
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