Reuters, 29/01/2024
A Opep+ provavelmente decidirá seus níveis de produção de petróleo para a partir de abril nas próximas semanas, disseram fontes do grupo, acrescentando que a importante reunião de um painel ministerial na próxima quinta-feira seria realizada muito cedo para tomar decisões sobre produção adicional.
Os principais ministros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados liderados pela Rússia, conhecidos como Opep+, se reunirão on-line. O painel, denominado Comitê de Monitoramento Ministerial Conjunto (JMMC), pode convocar uma reunião completa da Opep+ ou fazer recomendações sobre políticas.
Cinco fontes da Opep+ que não quiseram ser identificadas disseram que o comitê provavelmente não fará nenhuma alteração na política vigente durante a reunião. Uma delas acrescentou que a reunião discutirá principalmente os níveis de produção do grupo.
"Não haverá recomendações na próxima reunião do JMMC", disse essa fonte. A fonte acrescentou que uma decisão sobre a prorrogação ou não de parte dos cortes voluntários de produção de petróleo do grupo até abril provavelmente ocorrerá no final de fevereiro, enquanto outra disse que o momento da decisão ainda não estava claro.
A Opep, o Ministério de Energia da Arábia Saudita e o Ministério de Energia da Rússia não responderam aos pedidos de comentários.
Os preços do petróleo encontraram apoio no sentimento mais positivo sobre a demanda nesta semana e mo aumento das tensões geopolíticas devido aos ataques do grupo Houthi, alinhado ao Irã, contra a navegação no Mar Vermelho. O petróleo bruto Brent estava sendo negociado perto de 82 dólares por barril nesta sexta-feira [O/R].
Em novembro passado, a Opep+ concordou com cortes voluntários na produção, totalizando cerca de 2,2 milhões de barris por dia (bpd) para o primeiro trimestre deste ano, liderados pela Arábia Saudita, que estendeu uma redução voluntária de 1 milhão de bpd.
Se esses cortes forem cancelados, a Opep+ começaria a devolver 2,2 milhões de bpd ao mercado a partir do início de abril. Isso deixaria 3,66 milhões de bpd de cortes de produção acordados em períodos anteriores ainda em vigor.
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