Redação TN Petróleo/Assessoria
Dá para imaginar que há cinco décadas era realizada a primeira ligação por meio de um telefone móvel no mundo? É inquestionável que a invenção do celular revolucionou a maneira como vivemos. A criação do telefone impactou significativamente os meios de comunicação ao permitir que pessoas pudessem se comunicar por voz instantaneamente a longa distância, e hoje, ainda, para muitas pessoas é a única fonte de acesso à internet.
O Dyna TAC 8000X, da Motorola, famoso “tijolão”, estreou em 3 de abril de 1973, inaugurando uma categoria de eletrônicos que viria a movimentar o globo. O responsável por esta inovação, de destaque mundial, que elevou a outro nível a maneira como nos comunicamos, nos relacionamos e exercemos as mais diversas atividades hoje, foi o ex-engenheiro da Motorola Martin Cooper, que está com 94 anos, conhecido como o “Pai do Celular”.
O primeiro aparelho, com seus 33 cm e pesando 1,1 kg, não representava a verdadeira mobilidade como os dispositivos atuais, que pesam cerca de 200 gramas. Mas seu potencial já falava por si só. Inclusive, como é de praxe, filmes e séries antigas de ficção científica, até mesmo desenhos animados, já retratavam dispositivos considerados malucos à época, mas que atualmente fazem parte do nosso cotidiano, como aparelhos sem fio e com chamada de vídeo.
Assim, frente a cada evolução tecnológica, o celular foi conquistando mais espaço e, hoje, já é considerado uma extensão do homem. Para se ter uma ideia, dos 7,9 bilhões de humanos que povoam a Terra, 5,3 bilhões são donos de smartphones, revelou uma pesquisa da empresa de consultoria DataReportal.
Não é à toa que, para corresponder aos novos hábitos de vida e consumo, o queridinho eletrônico segue inovando no mercado. Haja vista o sucesso da proposta do Phone as a Service, em que por meio de planos de assinatura, é possível ter acesso a aparelhos top de linha todos os anos, a preços bem mais acessíveis. Ou seja, o consumidor, na era da transformação digital e mais exigente do que nunca, quer pagar justamente por aquilo que consome e ter à disposição ofertas de produtos e serviços ainda mais personalizados. Talvez essa empreitada nem Cooper tenha imaginado.
Uso consciente da tecnologia também merece atenção
Fato é que toda a revolução intrínseca à invenção do “Pai do Celular” ainda dá (e dará) muito o que falar. Ao passo que o avanço tecnológico direcionado aos celulares se aliou à rotina de uma sociedade hiperconectada, a dependência e até mesmo o uso descontrolado dos aparelhos preocupam.
O termo nomofobia, por exemplo, uma abreviação do inglês para no-mobile phobia, foi criado no Reino Unido para descrever a angústia de estar sem o telefone celular ou aparelhos eletrônicos disponíveis. Pacientes com nomofobia apresentam sintomas físicos e emocionais comparáveis aos da dependência química, como angústia, ansiedade, irritabilidade, tristeza, falta de ar, tontura, tremores, náuseas, entre outros.
Por isso, atualmente, muito se discute sobre medidas que devem ser colocadas em prática para o uso saudável e consciente do celular. A praticidade que os smartphones trouxeram para nossas vidas é inquestionável, mas necessário se faz aprender a usá-los de forma menos exagerada, impondo limites e pequenas regras ao dia a dia.
Exposição Celular 50
Avanços e preocupações à parte, de lá para cá muita coisa mudou. Tanto é que, para celebrar os 50 anos desde a primeira ligação com o uso da tecnologia, o Museu do Amanhã se prepara para receber a mostra intitulada Celular 50, que será aberta ao público no dia 23 de maio.
O curador Miguel Colker promete uma “experiência imersiva”, com direito à exposição do primeiro modelo de celular, cedido pelo próprio inventor da tecnologia. A mostra ainda será repleta de elementos tecnológicos, como totens alfanuméricos interativos, jogos, painéis audiovisuais e telas equipadas com touchscreen.
Seja como for, penso que poucas descobertas recentes mudaram tanto o nosso mundo como o celular. Assim, a inovação atrelada aos smartphones segue sempre a todo vapor, com novos modelos, novos aparatos e novas formas de comprar (e assinar, é claro), privilegiando serviços conectados às relações e aos meios atuais.
Ao Cooper, obrigada por partilhar a sua genialidade.
Sobre a autora: Letícia Bufarah é head de marketing da Leapfone
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