O ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, participou, nesta terça-feira (25), da primeira audiência pública na Subcomissão Temporária criada para acompanhar a execução das obras da usina de Belo Monte, no Senado Federal. O grupo é vinculado à Comissão de Meio Ambiente. O ministro
Redação/ AgênciasO ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, participou, nesta terça-feira (25), da primeira audiência pública na Subcomissão Temporária criada para acompanhar a execução das obras da usina de Belo Monte, no Senado Federal. O grupo é vinculado à Comissão de Meio Ambiente. O ministro destacou aos senadores a viabilidade e os benefícios da hidrelétrica, que será construída no Rio Xingu, no Pará. “O impacto ambiental da obra será mínimo”, garantiu.
O ministro argumentou que o projeto vem sendo discutido há 30 anos e, desde então, melhorou bastante do ponto de vista ambiental. Ele lembrou aos parlamentares que Belo Monte está um uma área já antropizada – que tem a presença do homem –, com sérios problemas socioeconômicos que se arrastam há anos. Para ele, as condicionantes ambientais e sociais impostas pelo Ibama vão alterar essa realidade. “Quem voltar a Belo Monte daqui a 15 anos verá uma outra região por lá”, avaliou.
Para os senadores, o ministro detalhou algumas cláusulas contratuais impostas ao consórcio vencedor do leilão, como o investimento de R$ 3,5 bilhões no atendimento de condicionantes sócio-ambientais. Outros R$ 500 milhões serão gastos na aplicação de um plano de desenvolvimento regional.
A usina
Belo Monte deve entrar em operação no ano de 2015. Com capacidade instalada de 11.233 MW, a usina representará uma adição de 4.571 MW médios de energia ao sistema elétrico brasileiro. Isso seria suficiente para abastecer 40% das residências brasileiras, criando quase 20 mil empregos diretos e inúmeros empregos indiretos.
O projeto teve seu reservatório reduzido substancialmente em relação ao passado, de forma a alagar cerca de 60% a menos do que a área prevista em seu projeto inicial. A título de comparação, enquanto a média nacional de área alagada é de 0,49 km² por MW instalado, a Usina de Belo Monte deverá contar com uma relação de apenas 0,04 km² por MW instalado. Além disso, dos 516 km2 de área inundada, cerca de 228 km2 (44%) correspondem ao próprio leito original do rio, e 124 km2 a florestas, não havendo alagamento em terras indígenas. Tais números revelam a preocupação com o meio ambiente e com os seres humanos que lá vivem.
Além disso, o Estudo de Impacto Ambiental de Belo Monte prevê a implantação de Unidades de Conservação em duas áreas situadas na margem direita do rio Xingu, permitindo a formação de um bloco contínuo de florestas, com uma área aproximada de 1,6 milhão de hectares, próximo às terras indígenas – o que equivale a quase três vezes a área do Distrito Federal.
Um compromisso de desenvolvimento regional do Xingu deverá ser cumprido. O edital do leilão determina que o concessionário invista R$ 500 milhões de reais num Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu.
Belo Monte deverá prover energia elétrica limpa e atrativa para atender às necessidades de desenvolvimento do país, além de gerar diversos postos de trabalho e contribuir sobremaneira para a conservação da fauna e da flora
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