Redação TN Petróleo/Assessoria MME
"O Brasil está bem posicionado no processo de transição energética mundial pelas características da nossa matriz, nosso planejamento energético de longo prazo, e, claro, nossas capacidades industriais, e em P&D". A afirmação é do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque (foto), ao participar, nesta quarta-feira (9/6), do webinar "World Energy Transition", promovido pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O evento também teve a participação do diretor da Agência Internacional de Energia (IEA), Fatih Birol, do presidente da FGV, Carlos Ivan Simonsen, e do diretor da FGV Energia, Carlos Otavio Quintella. A professora Fernanda Delgado moderou os debates.
Bento Albuquerque lembrou que o Brasil foi reconhecido como um dos campeões da transição energética no contexto do Diálogo de Alto Nível das Nações Unidas sobre Energia, que está ocorrendo neste ano. Essa é a primeira iniciativa estruturada da Organização das Nações Unidas (ONU) em energia nos últimos quarenta anos. O crescente interesse do setor privado em conhecer esse processo no âmbito da ONU é "uma demonstração inequívoca de que o setor privado brasileiro está muito sensível a esses temas e atento para as transformações em curso".
O ministro ressaltou a importância da modernização do setor elétrico e como ela é "essencial para o desenvolvimento de novos modelos de negócios, a atração de investimentos e a adequação dos marcos regulatórios às inovações tecnológicas em curso no setor". E disse "que não há escolha tecnológica única nem receita universal", e que "o sucesso da transição energética global dependerá, em grande medida, da utilização de todas as tecnologias e fontes viáveis".
O diretor da IEA sublinhou que o mundo precisará de todas as energias de tecnologias limpas, pois os desafios são grandes e não se tem o privilégio de escolher apenas uma ou outra rota de descarbonização para trabalhar.
Birol reconheceu o papel do Brasil no trajeto de transição energética ao afirmar que o Brasil tem uma história de sucesso com as energias renováveis. "A transição energética não é fácil para nenhum país no mundo, mas é necessária. Não tenho dúvidas que o País está se saindo e se sairá bem", afirmou o diretor-executivo.
Bento Albuquerque encerrou sua participação chamando a atenção para avanços recentes em novas áreas, a exemplo dos biocombustíveis do futuro e do hidrogênio, lembrando que diretrizes para o Programa Nacional do Hidrogênio deverão ser submetidas ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), dentro de 45 dias. "Apostamos nas diferentes rotas de produção do hidrogênio e na versatilidade de seu uso energético com vistas a um mercado abrangente e à redução de custos", enfatizou o ministro.
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