Setor naval

Vice-presidente da Fels Setal reclama de preços de fornecedores nacionais

Executivo afirma que valores cobrados pela indústria brasileira dificultam cumprimento da meta de conteúdo nacional do projeto da P-52.


19/05/2004 03:00
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Beneficiados pela exigência de conteúdo local nas compras de equipamentos e serviços para a Petrobras, os fornecedores nacionais ainda não conseguiram apresentar preços inferiores aos das empresas estrangeiras. Pelo menos é o que reclamou o vice-presidente executivo do grupo Fels Setal, Alberto Padilla, durante palestra no Café com Energia, promovido pela Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) nesta quarta-feira (19/05), no Rio.
O executivo revelou que tal tem contribuído para dificultar o cumprimento do índice mínimo de 60% em todo projeto da P-52, acertado pela empresa com a Petrobras. Segundo Padilla, a indústria nacional "tem confundido o conteúdo mínimo com protecionismo", ao praticar preços acima dos valores considerados justos pela Fels Setal.
Diante dessa dificuldade, ele afirmou que a empresa só conseguiu cumprir, até o momento, 34% dos 40% firmados para a compra de equipamentos da P-52. Padilla revelou que, para os serviços, foi estipulado que 60% do total deva ser contratado junto a prestadores nacionais. Se não conseguir atingir essas metas, a Fels estará sujeita ao pagamento de multas à Petrobras.
Um executivo ligado ao setor, que preferiu não ser identificado, afirmou que o impasse com os fornecedores deverá atrasar o projeto da P-52, uma vez que demandará mais tempo para negociação dos preços. Mesmo assim, ele avalia que a tendência, apesar das dificuldades, será de resolução do impasse.
A opinião é compartilhada pelo diretor geral da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), Eloi Fernández y Fernández, que acredita na perspectiva de redução dos valores praticados pelos fornecedores nacionais. O executivo ponderou que tais dificuldades podem ser atribuídas a um processo de adaptação da indústria nacional a um novo contexto competitivo. "Você não muda uma situação, como a vivida pelas empresas brasileiras, de uma hora para outra. Isso leva um certo tempo", afirmou.
Padilla disse que solicitou às empresas o encaminhamento dos preços sem o valor dos impostos, de modo a tornar possível a comparação com as propostas do exterior. O executivo disse acreditar na possibilidade de isenção dos impostos a partir da aprovação da Medida Provisória (MP) 177, que estabelece mecanismos de incentivo ao setor naval e cujo texto ainda tem que ser aprovado no Senado.
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