Valor Econômico
O Congresso da Venezuela aprovou ontem em primeira votação a estatização do setor petroquímico. O projeto vai a segunda votação, mas deve ser aprovado com facilidade. Com isso, o presidente Hugo Chávez passaria a controlar uma área estratégica e ampliaria a participação do Estado na economia.
Segundo o presidente da Comissão de Minas e Energias da Assembleia Nacional, Angel Rodríguez, "poderão ser criadas empresas mistas desde que a Venezuela tenha o controle das decisões ao manter participação maior que 50 % do capital social. Essas empresas estarão sujeitas a prévia autorização da Assembleia Nacional".
A Venezuela já controla a maior petroquímica do país, a Pequiven, que é subsidiária da estatal de petróleo PDVSA.
O governo vem negociando com a brasileira Braskem dois projetos conjuntos, um na Venezuela e outra no polo petroquímico de Camaçari, na Bahia. Não estava claro ontem como a estatização do setor poderia afetar a negociação com a empresa brasileira.
Não estava claro ontem quantas empresas petroquímicas privadas poderiam ser afetadas com a medida. O fundo de investimento britânico Law Debenture Corp. controla 51,7% da Clorovinilo del Zulia, mas parece ser um dos poucos acionistas majoritários privados no setor químico.
Neste ano, vem acelerando seu programa de estatizações, com o objetivo de consolidar seu projeto de "socialismo do Século XXI". Anteontem, ele confirmou a estatização, já anunciada, de 70 unidades de compressão de gás, em 14 fábricas pelo país. Há duas semanas, anunciou a estatização de várias empresas do setor de ferro e aço.
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