Segurança

Vazamento de petróleo nos EUA deve afetar o preço mundial de seguros

O derramamento de petróleo da BP no Golfo do México, que pode se tornar o maior desastre ambiental do país e o mais caro serviço de limpeza desde o Exxon Valdez, em 1989, deve custar às seguradoras até US$ 1,5 bilhão - numa projeção que

Valor Econômico
04/05/2010 06:02
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O derramamento de petróleo da BP no Golfo do México, que pode se tornar o maior desastre ambiental do país e o mais caro serviço de limpeza desde o Exxon Valdez, em 1989, deve custar às seguradoras até US$ 1,5 bilhão - numa projeção que não leva em conta as indenizações por danos ambientais.

 

 

  O montante pode não parecer tão grande, se comparado a dezenas de bilhões de dólares perdidos por causa de furacões nos EUA nos últimos anos, mas pode afetar o preço dos seguros, num momento em que as empresas se preparam para renovar suas coberturas. Os preços de resseguro vinham caindo por causa da falta de grandes catástrofes: houve apenas dois furacões que ganharam nomes no Golfo do México desde o ano passado. Isso se segue a grandes aumentos nos preços registrados em 2009, quando as seguradoras e as resseguradoras tentaram se recuperar dos custos dos furacões Ike e Gustav, de 2008, que causaram grandes perdas.

 

O setor de seguros teve grandes perdas para a indústria no primeiro trimestre: o terremoto no Chile custou de US$ 6 bilhões a US% 8 bilhões e a tempestade Xynthia, na Europa, custou € 2 bilhões. "Deve haver um efeito marcado nas próximas renovações", disse Stephen Vivian, diretor da consultoria Guy Carpenter. "Os seguros de perfuração podem registrar um aumento de pelo menos 30%, enquanto o contra indenizações pode aumentar até 100%." Muitos dos contratos das empresas de energia venceram no dia 1º. Especialistas esperam que as seguradoras honrem os preços cotados antes do vazamento.

 

Entretanto é improvável que as renovações de seguro a serem feitas em 1º de julho deixem de ser afetadas. Pela lei americana, a responsabilidade é do operador do poço, e não do dono da plataforma de perfuração. Isso significa que a maior parte dos custos ficará com a BP.  

 

Por   Paul Davies, Financial Times, de Londres

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