Mercado

Vale está perto de bater a Petrobrás e se tornar a maior empresa do País

A Companhia Vale do Rio Doce está a um passo de tomar a posição da Petrobrás como a maior empresa brasileira em valor de mercado - levando em conta o valor de todas as ações da companhia pela cotação na Bolsa de Valores. Durante o dia, a Vale chegou a ultrapassar a Petrobrás.

O Estado de S.Paulo
01/10/2007 03:00
Visualizações: 527 (0) (0) (0) (0)
A Companhia Vale do Rio Doce está a um passo de tomar a posição da Petrobrás como a maior empresa brasileira em valor de mercado - levando em conta o valor de todas as ações da companhia pela cotação na Bolsa de Valores. Durante o dia, a Vale chegou a ultrapassar a Petrobrás. Os funcionários da Vale, que acompanhavam em seus computadores na sede da empresa, no Rio, cada mudança nas cotações, chegaram a comemorar a ultrapassagem. Ao final do pregão, porém, a Petrobrás recuperou a posição, mas por uma margem mínima.

Ao final do pregão, a Vale alcançou valor de US$ 157,779 bilhões, US$ 55 milhões a menos do que a Petrobrás. Em dia de forte alta na Bolsa de Valores, as principais ações da Vale puxaram o índice da Bolsa. As ações PNA da Vale subiram 4,33% e as ON fecharam com alta de 4,16%.

Uma das principais razões para explicar o crescimento da Vale é a forte demanda pelos seus dois principais produtos, minério de ferro e níquel, especialmente por parte de clientes chineses. “A Vale é líder de mercado, tem ativos de primeira qualidade, incluindo suas minas, ferrovias e portos, é muito bem administrada e ainda se beneficiou de uma alta histórica no preço dos minérios”, diz João Roberto Teixeira, vice-presidente do banco ABN Amro no Brasil.

Mas além da forte demanda internacional, analistas financeiros dizem que a Vale pode se candidatar ao título de maior empresa do País porque a Petrobrás tem sido penalizada pelo mercado financeiro por causa de uma suposta ingerência política em sua gestão. Apesar do valor do barril do petróleo também estar em alta e ter ultrapassado a marca histórica de US$ 80, as ações da Petrobrás não subiram no mesmo ritmo dos papéis da Vale.

“A Vale tem projetos de internacionalização, está diversificando seus negócios, trabalha para melhorar a rentabilidade da operação para os acionistas. Está fazendo tudo o que a Petrobrás não está”, critica Tereza Fernandez, sócia da consultoria MB Associados.

A Petrobrás vive um período conturbado de mudança de diretoria, ao ritmo de acordos políticos com aliados do governo. “É possível que isso interfira no desconto de preço de mercado da Petrobrás”, diz Edmo Chagas, analista do UBS Pactual. “A política pode fazer diferença. No mundo inteiro, a eficiência da gestão privada é sempre muito superior à estatal”, diz Rodrigo Ferraz, analista da Brascan Corretora.

Segundo Ferraz, a alta dos papéis da Vale está relacionada à busca de uma nova cotação das ações, levando em conta a mudança no preço dos minérios. A Vale iniciou negociações com os chineses para um novo reajuste no preço do minério de ferro. As estimativas são que a Vale pode elevar o preço de 20% a 35% em 2008. O efeito disso na geração de caixa será tão favorável à companhia como foram os três últimos reajustes.

Em 2004, a Vale obteve reajuste de 19%. No ano seguinte, o preço subiu 71,5%. No ano passado, a alta foi mais modesta: 9,5%. Dependendo do aumento que poderá ser obtido agora, o minério de ferro da Vale poderá ter sido reajustado entre 2004 e 2007 em mais de 200%. “O caixa da companhia cresceu muito e permitiu que a Vale se diversificasse, indo para o exterior e explorando novos produtos”, diz Ferraz.

A geração de caixa da Vale era de R$ 2,2 bilhões em 2004. Agora, deve chegar a R$ 36 bilhões. Esses fatores, somado à fartura de capital no mundo, permitiram a compra da Inco, uma mineradora de níquel. Segundo a Brascan, 35% das receitas da Vale sairão das operações da canadense Inco. O minério de ferro, que em 2004 representava 53% das receitas, representará 42%.

Fonte: O Estado de S.Paulo
Mais Lidas De Hoje
veja Também
Etanol
Produção do etanol de trigo é aposta para ampliação da m...
06/08/25
Carros elétricos
Programa Carro Sustentável faz vendas de modelos 1.0 sal...
06/08/25
Energia renovável
Com 4,2 GW ao longo de 2025, usinas renováveis dominaram...
06/08/25
Investimento
Grupo Potencial pretende investir R$ 2 bi em biorrefinar...
06/08/25
PD&I
Navio da Transpetro realiza inspeção estrutural utilizan...
06/08/25
Combustíveis
Diesel comum fica mais caro em julho, enquanto S-10 segu...
06/08/25
Bacia de Campos
Petrobras conclui cessão dos campos de Cherne e Bagre pa...
06/08/25
Resultado
PRIO supera obstáculos e fecha o 2T25 com marcos importa...
06/08/25
Combustíveis
Preços dos combustíveis caem na BR-101, mas rodovia aind...
05/08/25
Bacia de Santos
bp anuncia descoberta de petróleo no poço exploratório B...
05/08/25
Bunker
Bunker One e Acelen passam da marca de 60 embarcações ab...
05/08/25
Etanol
Pedra Agroindustrial recebe autorização da ANP para inic...
04/08/25
Evento
Biocombustíveis de nova geração ganham espaço na Fenasuc...
04/08/25
Negócio
PPSA vai comercializar 500 mil barris de Atapu em agosto
04/08/25
Descomissionamento
Contrato de embarcações voltadas à campanha de prontidão...
04/08/25
Combustíveis
Etanol registra alta na última semana de julho, aponta C...
04/08/25
Contratos
Oil States consegue novos contratos com a Petrobras
01/08/25
Santa Catarina
SCGÁS garante fornecimento de gás natural em Santa Catarina
01/08/25
Gás Natural
Algás amplia a interiorização do Gás Natural com rede pi...
01/08/25
Energia Elétrica
ONS divulga resultado do 2º Mecanismo Competitivo para c...
01/08/25
Gás Natural
Gasmig reduz tarifas de gás natural para indústrias e ve...
01/08/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22