Navegação Interior

Vale começa a transportar cargas especiais no Tocantins até Marabá

A Vale está começando a utilizar o rio Tocantins, no Pará, para transportar cargas especiais de importação que chegam por navio a Belém, são transferidas para balsas e depois sobem a hidrovia até Marabá, no interior do estado. A empresa

Valor Econômico
11/04/2012 16:17
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A Vale está começando a utilizar o rio Tocantins, no Pará, para transportar cargas especiais de importação que chegam por navio a Belém, são transferidas para balsas e depois sobem a hidrovia até Marabá, no interior do estado. A empresa fez, em fevereiro, um primeiro teste que envolveu o transporte fluvial de dez caçambas de caminhões fora de estrada destinadas às operações da empresa em Carajás. A meta é tornar as barcaças uma alternativa de transporte na região, inclusive para as obras de construção da Aços Laminados do Pará (Alpa), projeto siderúrgico da Vale.

"Queremos preparar a operação [na hidrovia] para que se transforme em uma rotina", disse Angelo Donaggio, gerente-geral de comércio exterior da mineradora. Segundo ele, os resultados obtidos no projeto-piloto de transporte fluvial com as caçambas de caminhão foram animadores. Houve redução de 30% no tempo de viagem e nos custos do frete em relação ao transporte rodoviário. Se a carga fosse transportada por caminhão, o tempo de viagem até Parauapebas, próximo das minas de Carajás, seria de sete dias e a distância percorrida de 874 quilômetros.

Por hidrovia, o tempo de viagem caiu para quatro dias e a distância de trânsito por estrada, no trecho final da viagem, entre Marabá e Parauabebas, ficou em 165 quilômetros. As balsas também têm a vantagem de emitirem menos gás carbônico do que o caminhão. No projeto-piloto, a Vale contratou o frete fluvial com a empresa Matapi Navegação, com sede no Pará, que utilizou balsas de 70 metros de comprimento para transportar as caçambas dos caminhões, importadas do Chile.

No modelo de transporte tradicional usado pela Vale no Pará, as cargas chegam ao Terminal de Vila do Conde, em Barcarena, e são transferidas para o modal rodoviário sendo distribuídas a seguir para as operações da empresa nas cidades do sudeste paraense. Donaggio disse que o uso da hidrovia era uma aspiração antiga da Vale que tornou-se viável a partir da inauguração das eclusas da hidrelétrica de Tucuruí, no fim de 2010.

O executivo afirmou que a Vale é a primeira empresa a utilizar a rota Belém-Marabá para transportar por barcaças grandes cargas de projeto como as caçambas de caminhão. Donaggio afirmou que o próximo passo será aprofundar até novembro os estudos sobre a operação da hidrovia, cuja navegabilidade depende da época do ano em função das chuvas. De acordo com Donaggio, o rio é navegável, para grandes cargas, de novembro a junho. Fora desse período, a navegabilidade de grandes comboios de cargas pelo Tocantins fica restrita por força da existência de rochas na localidade de Pedral do Lourenço, entre Marabá e Tucuruí.

A partir da derrocagem do Pedral do Lourenço, o transporte poderá ocorrer durante todo o ano, aposta a Vale. Donaggio disse que outros produtos como chassis e pneus de caminhões fora de estrada, além de estruturas metálicas, também podem ser transportadas em barcaças fluviais. Mas um projeto ambicioso para a hidrovia é o transporte das cargas especiais que serão necessárias para a construção da Alpa. "A hidrovia tem viabilidade para a Alpa", disse Donaggio.

Situada no distrito industrial de Marabá, a siderúrgica da Alpa foi projetada para ter capacidade de produção de 2,5 milhões de toneladas de placas de aço ao ano, quando estiver pronta. No momento, o projeto aguarda investimentos do governo em logística. A usina recebeu as licenças prévia e de instalação para a terraplanagem, que se encontra com um avanço de 84%, segundo a empresa. A licença de instalação da usina, do ramal ferroviário e do terminal fluvial também já foram emitidos, conforme a companhia.
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