A Vale informa que iniciou, no último final de semana, após cumprido o período de testes, a produção na Mina Fosfatos Bayóvar, que será inaugurada no dia 5 de agosto. Localizada em Piura, na província de Sechura, no Norte do Peru, a mina tem capacidade de produção de 3,9 milhões de toneladas anuais de rocha fosfática. O investimento no projeto, que teve início em 2007, é estimado pela companhia em US$ 566 milhões.
A produção de Bayóvar atenderá principalmente o mercado brasileiro, onde a demanda por insumos de fertilizantes é crescente. De acordo com dados da empresa, o Brasil importa cerca de 90% do potássio e 53% dos fosfatados que utiliza na produção de fertilizantes.
Em nota, a companhia informa que, além da mina, a nova operação inclui uma unidade concentradora de fosfatos, uma estrada de 32 quilômetros, correia transportadora e um terminal marítimo. Conforme informações da Vale, a operação no Peru marca o início do primeiro projeto greenfield (construção de novas unidades) da empresa no mercado de fosfatos, contribuindo para "consolidar a posição da empresa como um dos maiores players na indústria de fertilizantes e aumentar a oferta no mercado brasileiro".
Além de Bayóvar, no negócio de fertilizantes, a Vale informa que possui ainda a única mina de potássio em operação no Brasil, a Taquari-Vassouras, em Sergipe, e detém um "atrativo portfólio de projetos em desenvolvimento". No potássio, a Vale tem o projeto Carnalita, em Sergipe, e os projetos Rio Colorado e Neuquén, na Argentina, e Regina, no Canadá. No caso do fosfato, a empresa desenvolve ainda o projeto Evate, em Moçambique.
No final de maio, a Vale, por meio da sua subsidiária Mineração Naque, concluiu a aquisição da participação direta e indireta de 58,6% no capital social da Fertilizantes Fosfatados - Fosfertil, maior produtora brasileira de nutrientes de fertilizantes, e dos ativos brasileiros de fertilizantes da Bunge Participações e Investimentos (BPI). As aquisições totalizam US$ 4,7 bilhões.