Redação/Agência Fapesp
O Departamento de Engenharia Química da Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP) inaugurou, no último dia 12 de julho, o Laboratório de Pesquisa e Inovação em Processos Catalíticos (LaPCat).
O LaPCat tem apoio do Centro de Pesquisa para Inovação em Gás (RCGI), um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) financiado pela FAPESP em parceria com a Shell e sediado na Poli.
No novo laboratório serão desenvolvidos catalisadores para diversas reações e processos químicos, como a tri-reforma do metano para produção de gás de síntese (syngas) para uso como matéria-prima para combustíveis e produtos químicos, a reação de Fischer-Tropsch para produção de combustíveis, hidrocarbonetos leves e olefinas, a reação conhecida como Water Gas Shift para produção de hidrogênio e a reação de hidrogenação de gás carbônico para produção de dimetil éter (DME), que pode ser utilizado como combustível.
Segundo o RCGI, tanto a tri-reforma do metano como a produção de DME utilizam gás carbônico como matéria-prima e, por isso, podem ser consideradas como iniciativas de captura e utilização de carbono (CCU), que é um processo de apreensão de dióxido de carbono para ser reciclado para uso posterior. A CCU vem sendo apontada como um dos caminhos promissores para a redução das emissões globais de CO2.
As instalações ficam no andar térreo do edifício conhecido como Semi Industrial (Bloco B), anexo ao Conjunto das Químicas da USP, em uma área de 400 m² que também abriga o Laboratório de Polímeros, coordenado pelo professor da Poli Reinaldo Giudici.
Rita Maria de Brito Alves, professora da Poli que participou da inauguração do laboratório, explica que a instalação é fruto de uma reforma de uma área comum dos grupos de pesquisa de polímeros e de processos catalíticos.
“A área abriga espaços de preparação, calcinação, caracterização física, térmica, química e in situ. Separadamente, cada um dos grupos tem espaços exclusivos. Temos também uma área para instalação futura de plantas-piloto”, disse Alves.
O LaPCat é multiusuário, aberto não somente a pesquisadores da USP e de outras universidades, mas também a parcerias com a iniciativa privada por meio de projetos de pesquisa.
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