Jornal do Commercio
A Usiminas, maior produtora de aços planos da América Latina, apresentou ontem nova identidade corporativa. Além de mudar a logomarca, a maioria das empresas do grupo ganhou o sobrenome Usiminas, inclusive a fabricante de tubos Zamprogna, adquirida no final de 2008, e a Companhia Siderúrgica Paulista (Cosipa), subsidiária da companhia desde 2005 e que havia sido incorporada à Usiminas em fevereiro.
O presidente da companhia, Marco Antonio Castello Branco, informou que serão investidos entre R$ 3 milhões a R$ 4 milhões na consolidação da logomarca. “Começamos (em julho de 2008) com um orçamento de R$ 30 milhões. Com o novo cenário econômico, reavaliamos o investimento”, informou.
Segundo a consultoria internacional Interbrand, a marca Usiminas ocupa a 23a posição entre as mais valiosas da América Latina. A nova identidade faz parte de um processo de mudanças na organizacional da siderúrgica, com a reestruturação de seus negócios e a adoção de um novo modelo de gestão.
Além de ganharem o nome Usiminas, as 13 empresas passam a operar sob um novo modelo de negócios. As atividades do grupo foram agrupadas em cinco unidades de negócios: Mineração, Siderurgia, Especializadas, Soluções e Serviços e Logística e Distribuição.
O objetivo é capturar sinergias internas e fazer a Usiminas ganhar eficiência, produtividade e competitividade. “Perseguiremos a efetiva integração da Usiminas, de maneira a multiplicar as oportunidades de negócios”, disse o presidente da companhia. Um novo modelo de gestão também está sendo adotado, com uma estrutura menos hierarquizada com o intuito de tornar o processo decisório mais descentralizado e ágil.
Segundo o presidente da companhia, o processo de mudanças teve inicio em meados de 2008 e foi levado adiante apesar da piora do cenário econômico a partir do segundo semestre do ano passado.
“A crise também oferece oportunidades de mudanças, como a que estamos implementando em todos os níveis e processos da Usiminas. Vamos chegar a empresa mais moderna, ágil e pró-ativa na capacidade de oportunidades”, disse.
Segundo Castello Branco, a companhia tem sofrido impacto tanto da crise econômica, com a queda da demanda interna e externa, e com a desvalorização cambial.
O executivo disse esperar um início da recuperação só a partir do último trimestre deste ano. A estimativa para 2009, é de uma queda de 12,5% da produção de aço bruto da companhia. “Nossa produção em 2009 deverá ser torno de 7 milhões de toneladas, mais ou menos isso. Mas isso dependerá das exportações e está difícil exportar”, afirmou.
O executivo admitiu que teve que rever suas previsões para este ano. No início deste ano , ele estimava que a recuperação poderia ocorrer já a partir do segundo trimestre.
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