Jornal do Brasil
Petrobras obtém R$ 2,5 bi do BNDES para infra-estrutura
A entrada em operação do gasoduto Urucu-Coari-Manaus deverá acabar com o consumo de óleo combustível pelas usinas termelétricas do Amazonas, que consomem um total de R$ 1,8 bilhão em subsídios via Conta de Consumo de Combustíveis (CCC). Pelo menos é o que espera o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, ao confirmar ontem que as usinas passarão a consumir o gás natural transportado pelo gasoduto desde o campo de Urucu.
Gabrielli participou ontem, na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da cerimônia de financiamento não só do gasoduto amazônico, mas também do gasoduto Cabiúnas (RJ)-Vitória (ES) e da plataforma P-51, prevista para operar no campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos. Ao todo, os três contratos somam um montante superior a R$ 2 bilhões.
O financiamento do BNDES para os dois gasodutos soma R$ 1,6 bilhão, enquanto que, para a plataforma, chega a US$ 402 milhões. O desembolso será intermediado pelo banco francês BNP-Paribas, indicado pela própria Petrobras. Do total de recursos, R$ 802 milhões serão destinados ao financiamento do trecho do gasoduto que liga as cidades de Coari e Manaus. Também será construído um duto, para transporte de Gás Liqüefeito de Petróleo (GLP) de Urucu ao terminal do rio Solimões, em Coari.
- A tendência é que as usinas termelétricas da região (que utilizam óleo combustível) passem a operar a gás natural, quando a produção de Urucu puder ser escoada - afirmou.
O executivo não precisou, porém, o impacto que isso terá para a própria Petrobras, uma vez que a Petrobras Distribuidora (BR) é responsável pela comercialização do óleo consumido na região Norte do país.
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