Estudo Inédito

Um futuro verde e bem iluminado

Jornal DCI - 12/07/2016
12/07/2016 18:52
Visualizações: 137 (0) (0) (0) (0)

Gerações de brasileiros cresceram embaladas pelo orgulho de viver no "país do futuro", sentimento que permeou nossa cultura, desde a década de 1940 e nunca se concretizou. Mas ainda há chances. Nossos valiosos ativos ambientais podem, hoje, nos conceder o passaporte para a nova ordem econômica que deve se estabelecer globalmente sob o impulso do Acordo do Clima: a economia de baixo carbono.

Na linha de frente dos mercados, empresários já sentem a pressão por processos e insumos verdes. Essa parcela do setor produtivo é um interlocutor mais do que desejável para os vários níveis de governo. E iniciativas para esse diálogo começam a despontar.

Um bom exemplo são dois estudos recém-lançados pelo Conselho de Líderes do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), que elegeu o tema como prioritário na recuperação da competitividade e retomada do crescimento sustentável.

No Acordo do Clima, de Paris, o Brasil se compromete a ampliar para 23% a participação de fontes renováveis alternativas, como eólica e solar. Assume também que conservará 10% da energiagerada pela promoção do uso eficiente.

É em torno desses dois temas que giram os estudos -- Financiamento à Energia Renovável: Entraves, Desafios e Oportunidades e Consumo Eficiente de Energia Elétrica: Uma Agenda para o Brasil. O 1º aponta soluções para o investimento em fontes renováveis. O 2º simula investimentos e ganhos vindos da conservação.

Vou me deter nesse último. Além de diminuir a necessidade de novas usinas, poupando R$ 58 bilhões líquidos aos cofres públicos, uma economia de 10% de energia tornaria a tarifa 17% mais barata e 10% menos emissões de gases de efeito estufa.

O Brasil possui arcabouço legal em favor da eficiência energética. No entanto, 85% da população não sabem ler o selo Procel e faltam conhecimentos básicos sobre desperdício, como troca de lâmpadas comuns pelas de LED e uso de tomadas inteligentes para não deixar aparelhos em stand by.

Mas é na indústria - principal consumidora desse insumo, com 38% do total - que estão as maiores oportunidades de melhorias. Aproveitá-las traz impacto direto na competitividade, já que o Brasil possui a tarifa mais alta entre os Brics e está entre os países que mais consome energia por dólar de PIB gerado. O superdimensionamento e a idade avançada de máquinas (17 anos, em média, contra 4 anos na Alemanha e 7 nos EUA) geram consumo entre 30% e 40% superior aos mais atuais. Investir em maior eficiência energética entra como "gasto", criando passivos difíceis de justificar a investidores, e faltam linhas de crédito para modernização.

É preciso corrigir distorções, pois investir na competitividade significa manter empregos, conquistar mercados e alinhar o setor produtivo com as melhores práticas mundiais, construindo desde já um futuro mais verde e com maior segurança energética.

 

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
ROG.e 2024
Ocyan e EloGroup lançam Nexio, plataforma de soluções di...
26/09/24
ROG.e 2024
Ambflex participa da ROG-E 2024 e apresenta soluções ino...
25/09/24
ROG.e 2024
Esforços das empresas para reduzir emissões têm destaque...
25/09/24
ROG.e 2024
MODEC debate o papel dos fornecedores na busca pela exce...
25/09/24
ROG.e 2024
Desafios e estratégias de investimento foram temas de pa...
25/09/24
ROG.e 2024
Shell discute na ROG.e 2024 a adoção de novas tecnologia...
25/09/24
ROG.e 2024
Orguel apresenta plataforma inovadora no Congresso Rog.e
25/09/24
ROG.e 2024
Presidente da Shell Brasil fala sobre Energia e Mobilida...
25/09/24
Startups
NAVE: Startups já podem se inscrever em programa de inov...
25/09/24
ROG.e 2024
Retomada do Petróleo e Gás impulsiona inovação e sustent...
25/09/24
ROG.e 2024
Equinor, SBM e IBP lançam programa para capacitar mão de...
25/09/24
ROG.e 2024
Biorrefino e gás natural são essenciais para a transição...
24/09/24
ROG.e 2024
MODEC discute presença feminina na indústria offshore na...
24/09/24
ROG.e 2024
No primeiro dia da ROG.e 2024, Vallourec apresenta inova...
24/09/24
ROG.e 2024
Margem equatorial é essencial para a economia e a segura...
24/09/24
Royalties
Valores referentes à produção de julho para contratos de...
24/09/24
Bacia de Campos
Por US$ 1.027 bilhão, Petrobras contrata novos navios-so...
24/09/24
ROG.e 2024
Portaria que cria o Potencializa E&P é assinado pelo min...
24/09/24
ROG.e 2024
Repsol Sinopec Brasil marca presença na ROG.e 2024 em es...
24/09/24
ROG.e 2024
TAG apresenta na ROG.e 2024 iniciativa para impulsionar ...
23/09/24
ROG.e 2024
Ao lado de autoridades do Brasil e do mundo, Firjan marc...
23/09/24
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

20