Pesquisa e Desenvolvimento

UFMG e Fiat se unem para criar o primeiro motor a álcool no mundo

Convênio foi assinado na quarta-feira.

Revista TN Petróleo, Redação com Assessoria
29/08/2013 17:26
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A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a montadora italiana Fiat assinaram, na tarde de ontem (28), um convênio de cooperação cujo propósito é a elaboração de modelo computacional para o primeiro motor a álcool do mundo.
O projeto, coordenado pelo professor Ramon Molina Valle, do Departamento de Engenharia Mecânica da Escola de Engenharia da UFMG, é intitulado Simulação computacional tridimensional do motor conceito a etanol, envolvendo caracterização do escoamento de ar, spray e da combustão.
O professor adverte que se trata de um longo processo, que pode levar por volta de dez anos entre a concepção e a chegada ao mercado. “Depois de modelado computacionalmente, o motor precisa ser construído. Daí sai o protótipo de pesquisa, que começa a ser testado experimentalmente, e só depois de conferir se o resultado é o proposto, ele passa a ser um protótipo para construção de produto final”, relata. As etapas envolvem calibração e ajustes de todos os componentes e aprovação na legislação de emissões.
A UFMG receberá prêmios com base em percentuais dos ganhos obtidos com a comercialização da tecnologia.
Para o reitor Clélio Campolina, a parceria da academia com o setor empresarial configura o “casamento” perfeito, uma vez que as negociações entre as instâncias não dão margem para conflitos de interesses. “A UFMG não tem a pretensão de fabricar e comercializar motores. Nossa prerrogativa é contribuir na pesquisa, fornecer mão de obra qualificada para o processo de inovação e usufruir dos retornos gerados”, comentou.
O diretor da Fiat, Paolo Ferrero, por sua vez, salientou que a empresa tem buscado, com a colaboração dos pesquisadores acadêmicos, combinar a melhora do desempenho dos motores com a eficiência energética e o respeito ao meio ambiente. “O uso do etanol, substância menos poluente do que outros componentes, é oportuno e viável porque os consumidores estão cada vez mais exigentes quanto às questões do consumo e da preservação dos recursos naturais”, pontuou.
Parceria pioneira
No Brasil, é a primeira vez que se firma um convênio nesses moldes entre uma montadora de automóveis e uma universidade. “Existem vários grupos que realizam trabalhos acadêmicos em indústrias automotivas, mas a iniciativa, por seu caráter de transformação drástica no consumo a nível mundial, é pioneira”, assinala Molina.
Para o diretor da Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica (CTIT) da UFMG, professor Pedro Vidigal, a orientação mercadológica que a empresa provê ao processo de criação da tecnologia na Universidade, além do modelo de licenciamento que vigora em parcerias com esse teor, estão entre as principais vantagens da aproximação da academia com a iniciativa privada.
Esse tipo de interação, que até uma década atrás era algo impensável, hoje em dia “é rotina”, como salienta o pró-reitor de Pesquisa da UFMG, professor Renato de Lima Santos. “O índice atual de investimento público em ciência e tecnologia praticado no Brasil se assemelha ao observado nos países de vanguarda em inovação”, afirmou.
O projeto de criação do modelo computacional tem duração prevista de 18 meses, prorrogáveis por mais um ano, e vai custar R$ 1,8 milhão.

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a montadora italiana Fiat assinaram, na tarde de ontem (28), um convênio de cooperação cujo propósito é a elaboração de modelo computacional para o primeiro motor a álcool do mundo.


O projeto, coordenado pelo professor Ramon Molina Valle, do Departamento de Engenharia Mecânica da Escola de Engenharia da UFMG, é intitulado Simulação computacional tridimensional do motor conceito a etanol, envolvendo caracterização do escoamento de ar, spray e da combustão.


O professor adverte que se trata de um longo processo, que pode levar por volta de dez anos entre a concepção e a chegada ao mercado. “Depois de modelado computacionalmente, o motor precisa ser construído. Daí sai o protótipo de pesquisa, que começa a ser testado experimentalmente, e só depois de conferir se o resultado é o proposto, ele passa a ser um protótipo para construção de produto final”, relata. As etapas envolvem calibração e ajustes de todos os componentes e aprovação na legislação de emissões.


A UFMG receberá prêmios com base em percentuais dos ganhos obtidos com a comercialização da tecnologia.


Para o reitor Clélio Campolina, a parceria da academia com o setor empresarial configura o “casamento” perfeito, uma vez que as negociações entre as instâncias não dão margem para conflitos de interesses. “A UFMG não tem a pretensão de fabricar e comercializar motores. Nossa prerrogativa é contribuir na pesquisa, fornecer mão de obra qualificada para o processo de inovação e usufruir dos retornos gerados”, comentou.


O diretor da Fiat, Paolo Ferrero, por sua vez, salientou que a empresa tem buscado, com a colaboração dos pesquisadores acadêmicos, combinar a melhora do desempenho dos motores com a eficiência energética e o respeito ao meio ambiente. “O uso do etanol, substância menos poluente do que outros componentes, é oportuno e viável porque os consumidores estão cada vez mais exigentes quanto às questões do consumo e da preservação dos recursos naturais”, pontuou.



Parceria pioneira


No Brasil, é a primeira vez que se firma um convênio nesses moldes entre uma montadora de automóveis e uma universidade. “Existem vários grupos que realizam trabalhos acadêmicos em indústrias automotivas, mas a iniciativa, por seu caráter de transformação drástica no consumo a nível mundial, é pioneira”, assinala Molina.


Para o diretor da Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica (CTIT) da UFMG, professor Pedro Vidigal, a orientação mercadológica que a empresa provê ao processo de criação da tecnologia na Universidade, além do modelo de licenciamento que vigora em parcerias com esse teor, estão entre as principais vantagens da aproximação da academia com a iniciativa privada.


Esse tipo de interação, que até uma década atrás era algo impensável, hoje em dia “é rotina”, como salienta o pró-reitor de Pesquisa da UFMG, professor Renato de Lima Santos. “O índice atual de investimento público em ciência e tecnologia praticado no Brasil se assemelha ao observado nos países de vanguarda em inovação”, afirmou.


O projeto de criação do modelo computacional tem duração prevista de 18 meses, prorrogáveis por mais um ano, e vai custar R$ 1,8 milhão.

 

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