Novo programa incorpora diretrizes complementares 2018/2001 da "Diretiva sobre energias renováveis II" da União Europeia
Redação TN Petróleo/AssessoriaA TÜV Rheinland atualizou seu programa de certificação para hidrogênio com os últimos avanços e requisitos do mercado. Uma dessas atualizações foi a inclusão das diretrizes complementares 2018/2001 da "RED II - Diretiva sobre energias renováveis II" da União Europeia. Além disso, o novo programa considera os novos limites de emissões e amplia o alcance do produto para os derivados do hidrogênio (amônia, metano e metanol).
Lançada há quase dois anos, com o nome de "H2 21", a certificação da TÜV Rheinland pretende fomentar o uso do hidrogênio como vetor energético tornando transparente o processo de produção. A norma é de aplicação internacional.
A produção de hidrogênio é altamente intensiva e está baseada convencionalmente na obtenção pelos combustíveis fósseis. Portanto, só extração e aplicação sustentáveis do hidrogênio possuem potencial para reduzir os gases de efeito estufa.
Conforme o processo de produção, o fornecimento de energia e o limiar de emissões, existem várias classificações do hidrogênio, como renovável, com baixas emissões de carbono e neutro em carbono. "Se o processo de fabricação resultar da eletrólise da água, utilizando eletricidade procedente de fontes renováveis, e se as emissões geradas durante o ciclo de vida determinado não ultrapassarem um limiar especificado, o produto poderá ser rotulado como "hidrogênio verde", explica Norbert Heidelmann, responsável pela certificação do hidrogênio em TÜV Rheinland.
Qual é a diferença entre hidrogênio "renovável", "baixo em carbono" e "neutro em carbono"?
Hidrogênio renovável se refere ao hidrogênio produzido pela eletrólise da água ou soluções aquosas utilizando eletricidade procedente de fontes renováveis não biológicas. O hidrogênio baixo em carbono abrange todas as rotas de produção do hidrogênio, portanto, permite que todas as tecnologias e processos sejam submetidas a certificação.
Outro requisito é que a redução das emissões de gases do efeito estufa derivada do uso de combustíveis renováveis e baixos em carbono seja de pelo menos 70% em comparação com os combustíveis que eles substituem.
O hidrogênio poderá ser considerado neutro em carbono quando forem compensadas todas as emissões causadas durante o ciclo de vida determinado. Isto precisa de um mecanismo de compensação mediante a compra e retirada de certificados registrados de redução de CO2 de programas de proteção do clima reconhecidos internacionalmente ou de direitos de emissão de sistemas de comércio estabelecidos.
A norma H2 21 considera as características específicas de cada país
Existem diversos sistemas governamentais no mercado, assim como sistemas privados voluntários de certificação do hidrogênio. "Pensando no comércio transfronteiriço, TÜV Rheinland moldou a norma H2 21 para que ela seja o suficientemente flexível como para se adaptar aos requisitos heterogêneos e específicos do mercado", afirma Wolfgang Spahn, diretor global da área de negócio de Energia e Meio Ambiente da TÜV Rheinland.
A norma atualizada é válida desde 1° de março. As certificações ou recertificações de hidrogênio realizadas pela TÜV Rheinland irão cumprir com os critérios atualizados a partir dessa data. Os certificados emitidos na base da versão anterior seguirão sendo válidos até sua data de validade.
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