Pré-sal

Três novos FPSOs são contratados pela Petrobras para o campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos

Redação/Agência Petrobras
24/07/2020 16:57
Três novos FPSOs são contratados pela Petrobras para o campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos  Imagem: Agência Petrobras Visualizações: 1859

A Petrobras foi a companhia de petróleo e gás natural do Ocidente que mais investiu em 2019, tendo aplicado US$ 27 bilhões em seus projetos. Mais da metade desse valor foi destinado à aquisição dos direitos de exploração e produção do campo de Búzios.

A Petrobras aprovou, nesta quinta-feira (23/7), o início dos processos de contratação de três novas plataformas do tipo FPSO para o campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos. FPSO é a sigla em inglês para a unidade que produz, armazena e transfere petróleo e gás.

As três novas unidades serão as primeiras contratadas após a aquisição dos volumes excedentes da cessão onerosa do campo de Búzios, em novembro de 2019, em parceria com as companhias chinesas CNOOC Petroleum Brasil Ltda. (CNOOC) e a CNODC Brasil Petróleo e Gás Ltda. (CNODC). A aquisição desses volumes adicionais, para os quais a Petrobras pagou R$ 61,4 bilhões como bônus de assinatura, é resultado da gestão ativa de portfólio realizada pela companhia. A venda de ativos que trazem menor retorno financeiro e que não fazem parte do negócio principal da empresa disponibiliza recursos para investimentos em projetos mais promissores e de maior retorno, como é o caso do campo de Búzios.

As novas plataformas fazem parte do Plano de Desenvolvimento do ativo, que prevê um total de 12 unidades instaladas até o final da década. Ao término da fase de desenvolvimento, é esperado que o campo de Búzios produza mais de 2 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), tornando-se o maior ativo da Petrobras, com maior produção.

Atualmente, há quatro unidades em operação em Búzios, que respondem por mais de 20% da produção total da Petrobras e mais de 30% da produção dos campos do pré-sal. Em 13 de julho, essas plataformas atingiram os recordes de produção do campo, de 674 mil barris de óleo por dia (bpd) e 844 mil barris de óleo equivalente por dia (boed).

Uma quinta plataforma, com capacidade de produção de 150 mil bpd de petróleo, está em construção. Nomeado FPSO Almirante Barroso, tem início de produção previsto para o segundo semestre de 2022.

Novas unidades

A primeira das três novas unidades a iniciar operação será o FPSO Almirante Tamandaré, o sexto sistema de produção do campo, com entrada em produção prevista para o segundo semestre de 2024. O FPSO será afretado e terá capacidade de processamento diário de 225 mil barris de óleo e 12 milhões de m3 de gás. InstitucionalSerá a maior unidade de produção de petróleo a operar no litoral brasileiro e uma das maiores do mundo.

As outras duas unidades serão contratadas na modalidade EPC (sigla em inglês para a contratação de engenharia, suprimento e construção) e terão capacidade para processar diariamente 180 mil barris de óleo e 7,2 milhões de m3 de gás, cada uma. A previsão é de que essas plataformas entrem em operação em 2025. Nomeadas P-78 e P-79, essas unidades são resultado da estratégia da Petrobras de desenvolver novos projetos de plataformas próprias, incorporando as lições aprendidas nos FPSOs já instalados no pré-sal, incluindo aspectos de contratação e construção.

Chamado de Projeto Referência, os estudos realizados pela companhia consolidaram esse aprendizado em um projeto de FPSO para contratações futuras, que incorpora padronização adicional de especificações e aprimoramentos no modelo de abordagem ao mercado, como a redução de interfaces, com a contratação de um único fornecedor na modalidade EPC, responsável por todas as etapas do projeto; pré-qualificação de fornecedores; alinhamento de interesses no contrato e melhor detalhamento do projeto básico.

Há, ainda, incorporações tecnológicas em áreas como reservatórios, poços e sistema submarino, com foco em aumento do fator de recuperação, maiores vazões, redução de custo, segurança e eficiência.

Além das plataformas, a Petrobras também irá ao mercado para contratar árvores de natal molhadas (ANMs) - que são equipamentos submarinos necessários para controle do fluxo dos fluidos produzidos ou injetados nos poços -, sondas, serviços de poços e sistema submarino de coleta e exportação.

A expectativa é de que as contratações dos FPSOs e das ANMs sejam concluídas e os contratos assinados em 2021. As demais contratações serão realizadas nos próximos18 meses.

Todas as contratações atenderão aos níveis de conteúdo local exigidos para o campo de Búzios.

Campo gigante

Búzios, o maior campo de petróleo em águas profundas do mundo, é um ativo de classe mundial, com petróleo de ótima qualidade, reservas substanciais, baixo risco e baixo custo de extração. Situa-se a 180 km da costa brasileira e a mais de 5.000 metros de profundidade. Possui área de 850 km², com espessuras de reservatórios de até 480 metros e excelente qualidade da rocha reservatório. Os mais de 45 poços perfurados até o momento confirmam a excelente qualidade do reservatório.

As características de permeabilidade e porosidade do reservatório, associadas a grandes espessuras de coluna de óleo, permitem que cada poço de Búzios produza, em média, mais de 50 mil barris de óleo por dia. Atualmente, o campo possui os seis poços com maior produção de petróleo do país. A alta produtividade do campo justifica a instalação de FPSOs de maior porte.

O desenvolvimento de Búzios está alinhado ao posicionamento estratégico da Petrobras, que foca em ativos de E&P de classe mundial, especialmente no pré-sal, nos quais a companhia tem vantagem competitiva, com conhecimento técnico e experiência, e obtém mais retorno para os investimentos. Búzios é o melhor e mais promissor ativo da Petrobras.

O conjunto de inovações desenvolvidas pela Petrobras para viabilizar a produção de Búzios levou a companhia a vencer pela quarta vez o principal prêmio da indústria de óleo e gás, o Distinguished Achievement Award for Companies, concedido pela Offshore Technology Conference (OTC), em fevereiro de 2020.

Em março de 2020, a Petrobras assinou o contrato de partilha de produção, tendo a CNOOC e a CNODC como parceiras, e a Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA) como gestora. As partes vêm discutindo a estratégia global de desenvolvimento do campo e as demais questões relacionadas ao acordo de coparticipação, cuja vigência está prevista para iniciar em 2021 e que regulará a coexistência dos contratos de cessão onerosa e de partilha de produção.

Publicidade

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
PetroSupply Meeting impulsionará negócios no Mossoró Oil...
21/11/25
Resultado
Produção de petróleo da União foi de 174 mil barris por ...
21/11/25
Financiamento
Unicamp inaugura supercomputador de IA financiado pela S...
19/11/25
Combustíveis
Ineep: preços dos combustíveis resistem e não acompanham...
19/11/25
Energia Elétrica
Firjan solicita vetos a artigos do PLV 10/2025, que refo...
19/11/25
Asfalto
Importação de asfaltos: ANP amplia prazo para atendiment...
18/11/25
Bacia de Campos
Petróleo de excelente qualidade é descoberto na Bacia de...
18/11/25
Oferta Permanente
ANP aprova nova versão do edital com a inclusão de 275 b...
18/11/25
Reconhecimento
Copa Energia avança no Ranking 100 Open Startups e é rec...
18/11/25
Reciclagem
Coppe e Petrobras inauguram planta piloto de reciclagem...
18/11/25
Firjan
Rio de Janeiro tem superávit de US$ 8,7 bilhões na balan...
18/11/25
Petrobras
Região da RPBC irá receber R$ 29 milhões em projetos soc...
18/11/25
COP30
Setor de biocombustíveis lança Carta de Belém na COP30 e...
17/11/25
COP30
Caminhão 100% a biodiesel cruza o Brasil rumo à COP30 e ...
17/11/25
Gás Natural
Decisão da ANP sobre revisão tarifária de transporte vai...
17/11/25
COP30
Inovação com coco de piaçava em usina de biodiesel na Ba...
17/11/25
COP30
Alerta na COP30: sem eletrificação, indústria não cumpri...
17/11/25
Etanol
Hidratado e anidro fecham a semana valorizados
17/11/25
COP30
Setor de óleo e gás usa tecnologia para acelerar a desca...
15/11/25
COP30
Encontro promovido pelas distribuidoras de energia elétr...
15/11/25
COP30
Fórum do IBP debate novas tecnologias e desafios na insp...
14/11/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.