Jornal do Commercio - RS
Até o início de setembro a Transpetro deverá lançar uma nova licitação para a segunda fase do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef). A subsidiária da Petrobras encomendará mais oito navios gaseiros e oito para o transporte de produtos escuros (como petróleo e óleo combustível) e claros (como gasolina e diesel). No total, o Promef prevê a construção, no Brasil, de 49 embarcações petroleiras. Serão investidos em torno de US$ 4,7 bilhões na iniciativa.
Conforme o diretor de transporte marítimo da Transpetro, Agenor Cesar Junqueira Leite, o primeiro navio, que está sendo construído no Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco, deverá ser entregue por volta de abril do próximo ano. A última embarcação será concluída em 2015. A empresa já tem contratados 23 navios.
Sobre a licitação que deverá ser aberta em breve, Leite explica que companhias do polo naval de Rio Grande poderão concorrer na disputa, desde que atendam às exigências técnicas do edital. O dirigente afirma que a Transpetro terá que, constantemente, renovar sua frota, que hoje é composta por 53 navios. Um dos motivos dessa constatação é a perspectiva de exploração de petróleo na camada do pré-sal. “Estamos revitalizando a indústria naval brasileira”, salienta Leite.
No Rio Grande do Sul, outro investimento que pode ser feito pela Transpetro diz respeito ao complexo de movimentação de petróleo e seus derivados que a estatal possui entre Tramandaí e a refinaria Alberto Pasqualini, em Canoas. O gerente da companhia no Estado, Antonio Carlos Junqueira, informa que a empresa avalia a instalação de uma terceira monoboia no município do Litoral Norte.
Ele acrescenta que a decisão está sujeita ao desempenho da economia. Um equipamento como esse implicaria um investimento de cerca de R$ 40 milhões. Uma ação que será tomada mais imediatamente é a troca de uma das monoboias, o que deve acontecer ainda na próxima semana.
Leite e Junqueira estiveram no Congresso Internacional Navegar 2009 - Os Novos Rumos da Navegação no Brasil, encerrado nesta quinta-feira, em Porto Alegre. Outro participante do evento foi o gerente de desenvolvimento e regulação da navegação interior da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Adalberto Tokarski, que defendeu uma melhor utilização das hidrovias e, em especial, do porto de Estrela.
Ele acredita que o desenvolvimento da movimentação de cargas, pela via fluvial, passa pela consolidação de uma política de logística. Segundo Tokarski, entre as medidas que podem ser adotadas para que isso ocorra estão: a instalação de pedágios em determinadas rodovias, para o deslocamento de certos produtos, e incentivos fiscais para o transporte hidroviário.
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