<P>A Transpetro, subsidiária de transportes da Petrobras, vai conseguir manter seu programa de expansão da frota, que envolve a compra de 49 navios, por contar com recursos suficientes do Fundo de Marinha Mercante e poder, assim, passar ao largo dos problemas decorrentes da crise do crédito mundi...
Jornal do CommercioA Transpetro, subsidiária de transportes da Petrobras, vai conseguir manter seu programa de expansão da frota, que envolve a compra de 49 navios, por contar com recursos suficientes do Fundo de Marinha Mercante e poder, assim, passar ao largo dos problemas decorrentes da crise do crédito mundial, disse o presidente da empresa, Sérgio Machado.
O Fundo de Marinha Mercante, administrado pelo BNDES, tem recursos suficientes para arcar com os US$ 2,5 bilhões necessários para o pagamento dos 26 navios-tanque já encomendados, disse Machado. O fundo também terá condições de cobrir o custo de mais 23 embarcações a serem encomendadas até o final do ano.
A estatal Petrobras, mantenedora da Transpetro, deverá adiar alguns investimentos em vista da queda dos preços do petróleo e da escassez do crédito, disse seu principal executivo, José Sergio Gabrielli, em 20 de outubro. A crise do crédito pode obrigar a empresa a cancelar 20% das plataformas de sondagem de petróleo para águas profundas que estão sendo construídas, disse Brian Uhlmer, analista da Pritchard Capital Parners de Houston, no estado norte-americano do Texas.
Tudo o que diz respeito ao nosso programa de construção de navios está definido e é parte do plano estratégico do Brasil'', disse Machado. O programa da Transpetro está plenamente custeado.
No início de outubro, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que o governo vai disponibilizar R$ 10 bilhões ao Fundo de Marinha Mercante para cobrir qualquer insuficiência do crédito internacional. Machado disse que não pode comentar sobre planos para outros programas de construção de navios da Petrobras. A empresa pretende construir 146 rebocadores e navios de serviço e 68 plataformas petrolíferas e de prospecção de petróleo por conta própria. Esses navios não compõem as operações da Transpetro e custarão de US$ 30 a 40 bilhões.
A Petrobras disse a 17 de outubro que adiaria a divulgação de seu plano estratégico 2009-2013 até dezembro, devido à dificuldade de fazer projeções, em vista da queda dos preços do petróleo e das ações e do estancamento do crédito. Antes do adiamento, seu diretor financeiro, Almir Barbassa, tinha dito que é provável que o novo projeto aumentaria os investimentos planejados comparativamente aos US$ 112 bilhões propostos no plano 2008-2012 da empresa.
Posso apenas falar pelo programa da Transpetro, e esse programa não foi adiado'', disse Machado. Poderemos até ver parte dos custos do programa caírem quando a economia mundial encontrar um novo equilíbrio, disse.
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