Petróleo

Transpetro e EAS chegam a um acordo sobre navios

A Transpetro, subsidiária de logística da Petrobras, anunciou hoje que o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) vai retomar a construção de quatro dos 16 navios cujos contratos de compra e venda, no valor de R$ 5,3 bilhões, foram suspensos pela estatal há quas

Valor Econômico
16/11/2012 08:46
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A Transpetro, subsidiária de logística da Petrobras, anunciou hoje que o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) vai retomar a construção de quatro dos 16 navios cujos contratos de compra e venda, no valor de R$ 5,3 bilhões, foram suspensos pela estatal há quase seis meses. O acordo demorou quase o dobro do tempo que se previa para sair, mas ainda falta resolver a situação de 12 embarcações em torno das quais há negociações em curso. No total, a Transpetro encomendou ao EAS 22 navios por R$ 7 bilhões.
 

Na avaliação de fontes próximas às negociações, foi o entendimento possível até o momento. E atende tanto aos interesses da Transpetro como do EAS. Com o acordo, o EAS passa a ter encomendas que garantem a ocupação da capacidade instalada do estaleiro até 2018, considerando-se também a construção de sete sondas de perfuração contratadas pela empresa Sete Brasil pelo valor total de US$ 5,2 bilhões.
 

Depois da suspensão dos 16 navios, em maio, o estaleiro viu sua carteira de petroleiros ser reduzida para apenas seis embarcações, que foram mantidas no EAS porque tinham projeto de construção assegurado com a coreana Samsung. Curiosamente, a saída da Samsung da sociedade do EAS, em março, foi determinante para a Transpetro suspender os contratos dos 16 navios.
 

Agora, a Transpetro aceitou a proposta do EAS de contratar mais quatro navios com a Samsung, uma opção que o estaleiro tinha na relação comercial com os coreanos. Considerando-se que do primeiro ao sexto navio, o projeto já era Samsung, EAS e Transpetro chegaram a um acordo em torno da construção de um pacote total de dez Suezmax.
 

O presidente da Transpetro, Sérgio Machado, considerou positivo o acordo, que, segundo ele, conclui a primeira parte da negociação com o EAS. De acordo com Machado, o acordo garante uma padronização nos projetos dos dez Suezmax. "Um ponto essencial [na construção dos navios] é garantir o projeto com acabamento avançado", afirmou. Ele disse que para os quatro Suezmax que estão sendo liberados agora o EAS cumpriu as três exigências feitas pela Transpetro: fechar acordo com parceiro internacional, apresentar plano de ação e um cronograma confiável de construção e entregar um projeto de engenharia que atendesse às especificações técnicas dos contratos. "Para os 12 navios restantes, estamos em processo de negociação. O estaleiro tem o parceiro tecnológico, mas falta definir quem vai fornecer os projetos dos navios", disse Machado.
 

A tendência é que o EAS contrate a japonesa IHI Marine United, divisão de construção naval e offshore da Ishikawajima-Harima Heavy Industries, para fornecer os projetos da 11º à 22º embarcação. Em junho, o EAS anunciou parceria técnica com a IHI. Na ocasião, o mercado interpretou que o acordo poderia ser o primeiro passo para os japoneses se tornarem sócios do EAS depois da saída da Samsung. Mas o Valor apurou que ainda não há decisão tomada pela IHI sobre o assunto.
 

Os japoneses tornaram-se peça-chave para a melhoria da produtividade do estaleiro, que, desde sua instalação, em 2007, enfrentou problemas de baixa produtividade, prejuízo de R$ 1,45 bilhão em 2011 e atrasos na construção de navios e de sondas de perfuração para a Petrobras. Nos navios da Transpetro, o atraso médio no cronograma de construção hoje seria de dois anos, segundo fontes do setor. Os atrasos levaram a Transpetro a multar o EAS, em maio.
 

Para transformar o estaleiro e melhorar os indicadores de produtividade, o EAS conta com 31 japoneses que estão trabalhando em suas instalações industriais, em Ipojuca, no Complexo Industrial Portuário de Suape, em Pernambuco. Machado disse que os dez Suezmax serão entregues até 2016, de acordo com o seguinte cronograma: duas unidades em 2013; três, em 2014; duas, em 2015; e duas, em 2016. A conta perfaz nove navios considerando-se que o primeiro da lista, o João Cândido, foi entregue em maio com atraso de dois anos e custo de R$ 363 milhões, considerando o valor do contrato mais 21% de correção monetária.
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