 Desemprego
        
        
    
    
        
    Desemprego
    
    Cerca de 2,3 mil trabalhadores assinaram rescisão.
Agência BrasilCerca de 2,3 mil trabalhadores do Complexo Petroquímico do Rio de  Janeiro (Comperj), que estão desde dezembro sem receber salários,  assinaram hoje (20) a rescisão contratual. Eles eram vinculados à  Alumini Engenharia S/A, contratada pela Petrobras para a realização das  obras no complexo.
Com a rescisão, os trabalhadores poderão sacar  o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) imediatamente em  agências da Caixa Econômica Federal. O seguro-desemprego poderá ser  requisitado a partir de segunda-feira (23) nas delegacias regionais do  Trabalho de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí ou no centro do Rio.
As  rescisões desta sexta-feira foram assinadas em tendas montadas no pátio  da Vara do Trabalho de Itaboraí, no leste fluminense. Os funcionários  que não foram atendidos hoje deverão procurar o Sindicato Municipal dos  Trabalhadores Empregados em Empesas de Montagem e Manutenção Industrial  no Município de Itaboraí (Sintramon) para conseguir a baixa da carteira  por parte da Alumini.
A empresa, que está em recuperação  judicial, prestava serviços para a Petrobras até janeiro deste ano. As  obras no Comperj foram afetadas pela crise desencadeada na estatal pela  Operação Lava Jato, com a interrupção de diversos projetos e a suspensão  de investimentos.
As rescisões são resultado do acordo  homologado na semana passada pelo juiz titular da Vara do Trabalho de  Itaboraí, André Corrêa Figueira, que deu prazo até 30 de março para que a  Alumini deposite em conta-corrente as verbas rescisórias dos  trabalhadores. O montante também deverá incluir o salário devido pelos  dias trabalhados entre 15 de janeiro e 27 de fevereiro, férias  proporcionais e décimo terceiro. Se a empresa não cumprir o prazo,  haverá acréscimo de multa de 50% sobre o saldo devedor.
O acordo  prevê ainda que o aviso-prévio, a multa de 40% sobre o FGTS, as férias e  o décimo terceiro salário sejam pagos em seis parcelas iguais, mensais e  sucessivas. A primeira será paga em 30 dias após a homologação do plano  de recuperação judicial da Alumini por parte do juiz da 2ª Vara de  Falência e Recuperação Judicial de São Paulo.
Neste caso, se  houver descumprimento do prazo de pagamento da primeira parcela ou se o  plano de recuperação judicial não for homologado até 1º de agosto, a  cláusula será considerada sem efeito, e o Ministério Público do Trabalho  ajuizará ação civil coletiva para cobrança dos valores restantes  atualizados. Ainda de acordo com o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), a  Petrobras também será acionada para responder pelos créditos de forma  subsidiária. 
O dinheiro referente às verbas trabalhistas  anteriores a janeiro de 2015 está sendo discutido em outro processo, em  que a Alumini e a Petrobras terão que pagar R$ 14 milhões. Nesta ação, a  Petrobras entrou como subsidiária e, por isso, vai ter que cobrir os  valores caso a Alumini não pague. Há ainda uma terceira ação, que também  aguarda julgamento, referente ao período de 1º a 15 de janeiro.
 
        
            
        
            
        
        
            
                
    
        
             
        
            
        
        
            
     
        
                
            
        
        
        
        
             
        
            
        
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