Finanças

Título de OGX em dólar cai por medo de maior calote privado da AL

Preços dos títulos afundaram para um recorde negativo.

Valor Econômico
16/07/2013 13:27
Visualizações: 695 (0) (0) (0) (0)

 

A venda pela BlackRock de 70% de sua carteira de títulos da OGX, companhia de petróleo e gás de Eike Batista, antes da queda recorde de valores dos papéis pode ter evitado que a gestora sofra com perdas multimilionárias como outros fundos, entre os quais a Pimco. Isso porque, enquanto a BlackRock vendia, a Pimco, uma das maiores gestoras de fundos de renda fixa do mundo, instensificava a compra de títulos da OGX.
Relatório mais recente da BlackRock enviado a autoridades regulatórias mostra uma exposição atual de US$ 69 milhões em bônus da petroleira, posição que já chegou a mais de US$ 220 milhões.
Os preços dos títulos da OGX com vencimento em 2018, que têm valor de face total de US$ 2,56 bilhões, afundaram para um recorde negativo de 16 centavos de dólar. Os papéis valiam 77,6 centavos no fim de março e 89,7 centavos em setembro de 2012, o que faz a petroleira ganhar a posição de pior performance de ativos do gênero em mercados emergentes.
O abismo em que caíram os títulos, deflagrado pelo fracasso da companhia em entregar a produção de óleo prometida, mostrou que a decisão da BlackRock foi acertada em meio ao que poderia se tornar o maior default privado da história do mercado latino-americano. O Credit Suisse estima que a OGX vai terminar o ano com apenas US$ 13 milhões em caixa.   
"Sem receita, os acionistas não têm muito com o que contar e estou certo de que no fim da história os detentores de títulos também não", disse Arthur Byrnes, que administra cerca de US$ 1 bilhão em ativos, como diretor sênior da Deltec Asset Management. Deltec vendeu todos os bônus que detinha da OGX, afirmou. "A grande lição dessa história é que não se deve comprar promessas", concluiu.
Os relatórios da BlackRock mostram que a maior gestora do mundo vendeu US$ 160 milhões em títulos da OGX nos últimos seis meses. No movimento contrário, a Pimco aumentou a posição em bônus da OGX com vencimentos em 2018 e 2022, de junho de 2012 a março, saindo de US$ 170 milhões para US$ 576 milhões.  
Tanto Pimco quanto BlackRock declinaram em comentar as posições e estratégias dos fundos em relação aos títulos de OGX. A companhia de Eike Batista também não quis responder sobre a situação de sua dívida e negou que esteja reestruturando o débito em dólar. 
O fundo de alto retorno da BlackRock (High Yield Portfolio), que tem sob administração US$ 10 bilhões e gerou retorno de 91% em cinco anos, vendeu toda a carteira de US$ 114 milhões de títulos da OGX entre junho de 2012 e março de 2013, quando os papéis eram negociados a 88,2 centavos de dólar, conforme relatórios entregues às autoridades reguladoras.  
Se a OGX não pagar a dívida, será o maior default privado da história da América Latina, segundo dados compilados pela agência Moody's, quase o dobro da moratória do argentino Banco de Galicia y Buenos Aires, em 2002. 
"Uma reestruturação da dívida parece ser iminente", disse Jack Deino, gestor da Invesco, que administra US$ 1,8 bilhão em títulos de mercados emergentes. 

A venda pela BlackRock de 70% de sua carteira de títulos da OGX, companhia de petróleo e gás de Eike Batista, antes da queda recorde de valores dos papéis pode ter evitado que a gestora sofra com perdas multimilionárias como outros fundos, entre os quais a Pimco. Isso porque, enquanto a BlackRock vendia, a Pimco, uma das maiores gestoras de fundos de renda fixa do mundo, instensificava a compra de títulos da OGX.


Relatório mais recente da BlackRock enviado a autoridades regulatórias mostra uma exposição atual de US$ 69 milhões em bônus da petroleira, posição que já chegou a mais de US$ 220 milhões.


Os preços dos títulos da OGX com vencimento em 2018, que têm valor de face total de US$ 2,56 bilhões, afundaram para um recorde negativo de 16 centavos de dólar. Os papéis valiam 77,6 centavos no fim de março e 89,7 centavos em setembro de 2012, o que faz a petroleira ganhar a posição de pior performance de ativos do gênero em mercados emergentes.


O abismo em que caíram os títulos, deflagrado pelo fracasso da companhia em entregar a produção de óleo prometida, mostrou que a decisão da BlackRock foi acertada em meio ao que poderia se tornar o maior default privado da história do mercado latino-americano. O Credit Suisse estima que a OGX vai terminar o ano com apenas US$ 13 milhões em caixa.   


"Sem receita, os acionistas não têm muito com o que contar e estou certo de que no fim da história os detentores de títulos também não", disse Arthur Byrnes, que administra cerca de US$ 1 bilhão em ativos, como diretor sênior da Deltec Asset Management. Deltec vendeu todos os bônus que detinha da OGX, afirmou. "A grande lição dessa história é que não se deve comprar promessas", concluiu.


Os relatórios da BlackRock mostram que a maior gestora do mundo vendeu US$ 160 milhões em títulos da OGX nos últimos seis meses. No movimento contrário, a Pimco aumentou a posição em bônus da OGX com vencimentos em 2018 e 2022, de junho de 2012 a março, saindo de US$ 170 milhões para US$ 576 milhões.  


Tanto Pimco quanto BlackRock declinaram em comentar as posições e estratégias dos fundos em relação aos títulos de OGX. A companhia de Eike Batista também não quis responder sobre a situação de sua dívida e negou que esteja reestruturando o débito em dólar. 


O fundo de alto retorno da BlackRock (High Yield Portfolio), que tem sob administração US$ 10 bilhões e gerou retorno de 91% em cinco anos, vendeu toda a carteira de US$ 114 milhões de títulos da OGX entre junho de 2012 e março de 2013, quando os papéis eram negociados a 88,2 centavos de dólar, conforme relatórios entregues às autoridades reguladoras.  


Se a OGX não pagar a dívida, será o maior default privado da história da América Latina, segundo dados compilados pela agência Moody's, quase o dobro da moratória do argentino Banco de Galicia y Buenos Aires, em 2002. 


"Uma reestruturação da dívida parece ser iminente", disse Jack Deino, gestor da Invesco, que administra US$ 1,8 bilhão em títulos de mercados emergentes. 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Internacional
Petrobras informa sobre participação em bloco exploratór...
12/09/25
Revap
Parada de manutenção da Revap tem investimento de R$ 1 b...
12/09/25
Rio Pipeline & Logistics 2025
Evento recebeu cerca de 11 mil visitantes, um cresciment...
12/09/25
PD&I
RCGI-USP avança em célula a combustível que opera direto...
12/09/25
São Paulo
Em seu terceiro dia, FIEE debate eficiência, flexibilida...
12/09/25
Energias Renováveis
Pela primeira vez, energia solar e eólica geram mais de ...
12/09/25
Rio Pipeline & Logistics 2025
Shape Digital apresenta ao setor de óleo e gás mais uma ...
12/09/25
Paraná
Compagas lidera avanços no mercado livre de gás
12/09/25
Rio Pipeline & Logistics 2025
Projetos offshore ampliar segurança energética no Brasil...
11/09/25
Rio Pipeline & Logistics 2025
Mulheres no Midstream: painel reúne histórias inspirador...
11/09/25
PPSA
Com 176,5 mil bpd, produção de petróleo e gás natural da...
11/09/25
Rio Pipeline & Logistics 2025
Exposição da Rio Pipeline 2025 destaca inovações em ener...
11/09/25
Rio Pipeline & Logistics 2025
Tanacas comemora 25 anos com lançamento do Retificador I...
11/09/25
Rio Pipeline & Logistics 2025
Brasil e Argentina estão próximos de acordo sobre comérc...
11/09/25
Combustíveis
Diesel fica mais caro em agosto na comparação com julho,...
11/09/25
São Paulo
FIEE 2025 mostra que mobilidade elétrica conecta indústr...
11/09/25
Refino
Petrobras produz SAF com conteúdo renovável na Revap
11/09/25
Produção
Produção de petróleo e gás natural da União alcançam nov...
11/09/25
Rio Pipeline & Logistics 2025
Novo duto com 2 mil km para atender ao agronegócio do Ce...
11/09/25
Biocombustível
OceanPact e Vast Infraestrutura iniciam testes com bioco...
10/09/25
Rio Pipeline & Logistics 2025
ITP Brasil apresenta soluções de engenharia de alta perf...
10/09/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

23