Levantamento Sísmico
Fase I cobrirá 14,8 mil km² distribuídos em 21 blocos de exploração, a maioria dos quais se encontra em áreas não licitadas, que devem ser incluídas nas próximas rodadas de licitação.
Redação TN Petróleo/Assessoria TGS
A TGS iniciou, neste sábado (29/11), a pesquisa sísmica marítima 3D na bacia sedimentar de Pelotas, programa Pelotas Norte Fase I, a 96 quilômetros da costa do município de Laguna, em Santa Catarina, entre os municípios de Florianópolis e Palmares do Sul, em profundidade superiores a 200 metros. A área da atividade de pesquisa foi licenciada em outubro, pelo Ibama, e possui autorização da Marinha do Brasil, da Agência Nacional do Petróleo para execução.
A Fase I cobrirá 14,8 mil km² distribuídos em 21 blocos de exploração, a maioria dos quais se encontra em áreas não licitadas, que devem ser incluídas nas próximas rodadas de licitação.
"A atividade de exploração na Bacia de Pelotas Norte está acelerando, com grandes companhias de petróleo aumentando sua presença e compromisso de investimentos exploratório na área. A pesquisa multi-cliente Pelotas Norte Fase I expande significativamente nossa cobertura sísmica. Ao alavancar nossos recursos avançados de aquisição e experiência em imageamento, esta pesquisa ajudará nossos clientes a entender melhor as estruturas geológicas da bacia e a reduzir o risco das futuras atividades de exploração", destaca João Correa, country manager da TGS no Brasil.
A pesquisa será realizada pelo navio sísmico Ramform Titan, acompanhado pelas embarcações Ocean Mermaid, C Itajaí e DRS Ipanema. A posição do navio e das embarcações de apoio está sendo informada diariamente para colônias pesqueiras, federações e sindicatos de pescadores da região.
De acordo com o executivo, após o anúncio de duas grandes pesquisas multi-cliente na Margem Equatorial no início do 3º trimestre, a adição de Pelotas Norte Fase I eleva para três o número de embarcações da classe Ramform trabalhando offshore no Brasil pelo restante deste ano e até o próximo (Ramforms Titan, Atlas e Tethys).
Ciência e Biodiversidade
Como contrapartida do licenciamento ambiental conduzido pelo Ibama, além dos programas de mitigação e monitoramento dos impactos ambientais, a pesquisa da TGS na Bacia de Pelotas irá viabilizar um importante estudo acerca da biodiversidade marinha da região. Este estudo integrará análises de organismos da base da cadeia alimentar (fitoplâncton, zooplâncton, pequenos peixes pelágicos) até os predadores de topo (cetáceos e aves marinhas), juntamente com variáveis oceanográficas e utilizando diversas metodologias de ponta, como telemetria, DNA ambiental, monitoramento por drone, acústica e coletas de amostras.
De acordo com João Correa, juntos, a pesquisa sísmica e o programa biológico constituem o que provavelmente será a maior iniciativa integrada de biodiversidade já realizada na plataforma continental brasileira, combinando a exploração de uma nova fronteira com ciência ambiental robusta e transparente.
"Mais do que um passo técnico, isso representa um progresso estratégico: avançar o conhecimento geológico da Bacia de Pelotas e apoiar a exploração futura, enquanto expandimos nossa compreensão dos ecossistemas marinhos no sul do Brasil. Este é apenas o começo. Um novo horizonte de exploração está se abrindo", afirma o executivo.
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