<P>Em cinco anos de atuação, o terminal portuário do Pecém alcança uma movimentação anual de quase dois milhões de toneladas. Em 2006, foram movimentadas, entre embarque e desembarque, 1.883.049 toneladas. Com isso, estão sendo utilizados 40% da capacidade de movimentação do porto. Segund...
O Povo - CEEm cinco anos de atuação, o terminal portuário do Pecém alcança uma movimentação anual de quase dois milhões de toneladas. Em 2006, foram movimentadas, entre embarque e desembarque, 1.883.049 toneladas. Com isso, estão sendo utilizados 40% da capacidade de movimentação do porto. Segundo o ex-governador Maia Júnior, o porto foi projetado para movimentar cinco milhões de toneladas de carga. A movimentação de cargas diversas em 2006 representou um aumento de 75% em relação a 2005. Entretanto, sem a implantação dos grandes projetos previstos para a área como a siderúrgica e a refinaria, o Porto do Pecém ainda longe de atingir a sua capacidade esperada.
Embora o secretário-adjunto da infra-estrutura, Otacílio Borges, não confirme os números, ele afirma que é normal que o porto ainda não esteja operando com capacidade total. O Porto do Pecém foi construído dentro de um complexo industrial-portuário, para atender à demanda de uma possível siderúrgica e uma possível refinaria. Como nada disso foi montado, claro que não pode estar funcionando na sua plenitude, conclui. Ele observa, porém, que o porto poderia estar operando com uma capacidade bem acima da atual. Mas o governo tem projetos para aquela área e não pode comprometer o porto com outras demandas, diz.
Entre as diversas cargas que partiram do terminal no ano passado, o destaque ficou com a banana. A fruta liderou o ranking de exportação de produtos no terminal com um total de 91.281 toneladas embarcadas entre janeiro e dezembro de 2006. Somente no último mês do ano, foram embarcadas 6.405 toneladas da fruta. O melão, que havia sido o produto mais exportado em 2005, ficou em segundo lugar com 82.215 toneladas.
Para os exportadores, a estrutura do Porto do Pecém atende a necessidade das cargas e tem contribuído para o aumento nas exportações. Mas é preciso pensar nas operações caso a siderúrgica seja instalada no complexo industrial. O terminal possui um píer para graneis líquidos e gases liquefeitos e um píer com dois berços para navios conteneiros.
Caso a siderúrgica entre em operação, o píer utilizado hoje pelos navios será destinado somente para a usina e é preciso construir um terceiro píer para as cargas diversas.
Segundo Adil Dallago Filho, gerente de logística e navegação da Del Monte, a empresa chega a exportar oito mil contêineres por ano. Com certeza estamos entre os três maiores clientes e não vejo problemas operacionais. É um porto que apresenta uma capacidade bastante satisfatória das demandas da empresa. Pelo que nos consta, um berço de atracação especializado para fruticultura. Foi o que nos foi mostrado no projeto. Isso iria melhorar, afirma. Segundo ele, para o volume atual a estrutura é suficiente, mas caso a siderúrgica entre em operação será preciso ampliar o porto.
Rosa Maria, gerente de comércio exterior da Esmaltec e Cascaju, também acredita que a estrutura do porto satisfaz as necessidades do mercado. Hoje, 70% das exportações da Cascaju saem Pecém, o que equivale a 40 contêineres. No caso da Esmaltec, o número é de 60% das exportações, ou 25 a 30 contêineres, saindo pelo mesmo porto. A Esmaltec tem crescido suas exportações. A previsão de aumento é de 25% para este ano. Como nós nos programamos bem durante o mês, não temos tido problemas no porto para fazer o despacho das cargas. Obviamente se eu tivesse um volume muito maior não sei se eles me atenderiam, afirma.
Fonte: O Povo - CE
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