<P>Dona do maior terminal de contêineres do país, na margem esquerda do porto de Santos, a Santos Brasil está investindo para atingir a mesma produtividade dos portos instalados na Europa e Ásia. A empresa adquiriu seis portêineres (guindastes sobre trilhos que percorrem o costado do navio) da ...
Valor EconômicoDona do maior terminal de contêineres do país, na margem esquerda do porto de Santos, a Santos Brasil está investindo para atingir a mesma produtividade dos portos instalados na Europa e Ásia. A empresa adquiriu seis portêineres (guindastes sobre trilhos que percorrem o costado do navio) da geração super-post-Panamax, do grupo chinês ZPMC, com tecnologia eletrônica da alemã Siemens.
Com capacidade para movimentar ao mesmo tempo dois contêineres cheios de 40 pés ou quatro Teus (20 pés cada um), o equipamento opera até a 19ª fileira da largura de contêineres, comuns em embarcações que transportam até 10 mil Teus. A empresa garante que não há similar no continente Americano.
Cada equipamento tem um custo de US$ 8,5 milhões cada e esses portêineres vêm com a missão de elevar em 50% a capacidade do atual equipamento por porão. A empresa conseguia realizar 25 movimentos por hora e espera subir para 38. Até 2015, o objetivo é mais que dobrar as operações do terminal, dos esperados 1,350 milhão de Teus em 2008 para 3,0 milhões de Teus.
Em 2007, o porto de Santos movimentou o equivalente a 2,5 milhões de Teus, 49% dos quais pela Santos Brasil. Com obras civis do Tecon 4, o novo berço que a empresa concluirá em dezembro e pretende explorar a partir de fevereiro de 2009, com 220 metros de cais e 112 mil metros quadrados de retroárea, mais a compra de 12 guindastes sobre pneus (RTGs), no valor unitário de 1,1 milhão de euros, os investimentos totais chegarão a R$ 280 milhões, segundo Antonio Carlos Duarte Sepúlveda, diretor de operações. Dos portêineres adquiridos com os chineses, três chegarão já em 2009 e outros três em 2010.
Segundo Sepúlveda, com a chegada dos novos portêineres, haverá um rearranjo operacional nos pátios do terminal, com o deslocamento dos antigos equipamentos para as operações de cabotagem, que atendem até a 13ª fileira de largura de contêineres. No total, a empresa contará em 17 portêineres.
O diretor interpreta que está havendo uma sinergia entre a dragagem do porto e os terminais. O impacto vai ser muito grande. Armadores encomendaram vários navios com até 6 mil Teus para esta rota. A decisão da Santos Brasil de fazer encomendas de novos equipamentos levou em conta que o problema do calado estava sendo resolvido, disse. No estágio que se aproxima, o executivo sustenta que em cada atracação o movimento de contêineres será superior a mil. A Codesp projeta elevar o calado de Santos para 15 metros.
Nessa direção, a empresa adquiriu novo software, um Navis, para ajudar as operações do terminal, a fim de que chegue à média de 90 movimentos por hora, havendo picos de até 120 movimentos. O software´ garante maior densidade do terminal por metro quadrado, com a meta de cinco Teus por ano, melhor média dos terminais da Ásia, assegura.
Com a inauguração do Tecon 4, a Santos Brasil passará a contar com 1.290 metros lineares de cais de 596 mil metros quadrados de área total.
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