Setor Elétrico

Térmicas movidas a óleo serão desligadas

Jornal do Commercio
06/05/2008 11:40
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O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiu ontem (5) desligar todas as usinas termelétricas movidas a óleo combustível e a diesel - mais caras e mais poluentes do que as a gás e do que hidrelétricas. Essas usinas vinham sendo utilizadas desde o início do ano para poupar as hidrelétricas que, por causa da falta de chuvas, estavam com os reservatórios a níveis baixos.

 

De acordo com o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, as térmicas a gás e as a carvão foram mantidas ligadas por precaução. "Fizemos isso por excesso de zelo, para manter a absoluta segurança do sistema com vistas ao próximo ano", afirmou.

 

Outra razão para a manutenção dessas usinas em funcionamento, segundo Lobão, é a exportação de energia elétrica para a Argentina, que deverá começar já no fim desta semana. Serão enviados ao país vizinho entre 800 MW e 1.500 MW. Ele disse que a exportação poderia ser feita mesmo com todas as térmicas desligadas, mas o comitê preferiu ser cauteloso. "Estamos fazendo um ato de solidariedade. É um país irmão nosso, é uma questão de geopolítica", completou.

 

Lobão disse que até 2.500 MW serão desligadas permanentemente. Muitas dessas usinas já haviam sido desligadas e religadas pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), de acordo com a demanda. "Agora elas não serão religadas", completou o ministro.

 

Outros 3.600 MW continuarão sendo gerados por usinas termelétricas. Lobão disse que o custo de geração das térmicas quando todas estavam funcionando chegava a R$ 300 milhões por mês. Ele não informou o custo depois do desligamento das usinas a óleo e diesel, mas disse que é "irrisório" e será diluído entre todos os consumidores. "O custo é tão baixo em relação à segurança que vale a pena arcar com esse custo", disse.

 

Na próxima semana, o comitê se reunirá novamente para avaliar a necessidade de desligar novas térmicas.

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